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80 anos este coração

Fonte: Folha de Londrina

Não basta sonhar em fazer, é preciso fazer o que se sonha. Há 80 anos, em 5 de junho de 1937, dezenove cidadãos pioneiros, liderados pelo comerciante libanês David Dequêch, fundaram a Associação Comercial de Londrina, hoje ACIL. Eles sonharam, eles fizeram. 

Não basta pensar a cidade, é preciso pensar na cidade. Em 21 de agosto de 1929, chegou aqui a primeira caravana da Companhia de Terras Norte do Paraná, liderada por George Craig Smith. Os historiadores definem essa data como o marco fundador de Londrina. A reunião que deu origem à ACIL, ouso dizer, tem uma importância histórica tão grande quanto a chegada da primeira caravana. Craig Smith e seus companheiros abriram caminho para a cidade. David Dequêch e seus companheiros se puseram a construí-la. O mito fundador de Londrina, de fato, é a liberdade. Liberdade de trabalhar e empreender; de sonhar e realizar o sonho; de semear e colher os frutos; de construir uma linda cidade no passado, no futuro e na eternidade. 

Não basta trabalhar e amar, é preciso amar o trabalho. Com amor pela terra que escolheram, com a ética do trabalho pulsando nas veias, os homens e mulheres da ACIL lutaram corajosamente para gerar vida nova no antigo Sertão paranaense. E conseguiram: a ACIL foi o berço de instituições que fundamentam a existência da nossa comunidade: Santa Casa, a UEL, o Iapar, a Sercomtel, a Sociedade Rural. Por ali passaram os grandes personagens da história de Londrina. Não há um só momento importante da vida londrinense que não tenha, de alguma forma, a participação decisiva da ACIL. Na tristeza e na alegria, sob a proteção de Deus. 

Não basta lutar e acreditar, é preciso acreditar na luta. Quando foi necessário enfrentar a corrupção, o desmando e a incompetência, a Associação Comercial e Industrial de Londrina mostrou-se fiel ao que diz a letra do Hino Nacional — e não fugiu à luta. Mas quando foi preciso unir a sociedade — os homens e as mulheres, os ricos e os pobres, os pais e os filhos, o capital e o trabalho —, a entidade teve uma força agregadora que podemos definir como miraculosa. É claro que a ACIL também errou muitas vezes, porque pessoas e instituições humanas não são infalíveis. Mas é uma das únicas forças sociais que a esquerda e a direita não conseguiram dominar.

Não basta fazer bem, é preciso fazer o bem. Mais do que uma cidade, Londrina é hoje uma civilização. Em grande parte, isso foi possível graças à ACIL, irmã mais nova de Londrina, que agora completa 80 anos muito bem vividos. Em oito décadas, há tempo para sonhar e para fazer, para amar e para trabalhar, para lutar e para acreditar, para pensar e para criar. Há tempo para nascer e crescer. Você consegue ouvir, amigo? É o coração de nossa terra que está batendo mais forte. 


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