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Confiança na economia leva consumidor de volta ao comércio

Fonte: Folha de Londrina

Os paranaenses pretendem voltar às compras, segundo o indicador de ICF (Intenção de Consumo das Famílias), elaborado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e divulgado pela Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). O estudo apontou que a perspectiva de consumo teve um crescimento de 33,4% em abril, com relação ao mesmo período do ano passado.

O item é um dos principais elementos que compõem a ICF, que também leva em consideração as perspectivas profissionais, acesso ao crédito, situação no emprego, renda, consumo atual e momento para compras de bens duráveis. 

O indicador, que é medido em pontos entre 100 e 200, ficou em 109,3 pontos em abril, acima da média nacional que foi de 86,9 pontos. O índice vem apresentando recuperação nos últimos meses. Houve uma retração na comparação com março de 1,6%, mas na variação anual apresenta alta de 13,4%. 
"Esse comportamento de alta deve se manter. Ele vem melhorando desde agosto de 2017. Esses aumentos são mais evidentes quando se compara com meses do ano anterior", afirmou Priscila Moraes de Andrade, coordenadora de Pesquisa da Fecomércio. 

O levantamento mostra que os paranaenses estão mais confiantes no mercado de trabalho em comparação ao ano passado. Apesar da variação mensal negativa (-3,5%) quanto à situação atual do emprego, aumentou o percentual de trabalhadores que se sentem mais seguros em relação ao emprego (38,6% em abril ante 32,1% em abril do ano passado). "As pessoas estão se sentindo mais seguras no emprego e com boas perspectivas profissionais e isso se reflete na perspectiva de consumo", disse Andrade. 

Para o economista Marcos Rambalducci, consultor da ACIL (Associação Comercial de Londrina) e colunista da FOLHA, a intenção de compras está crescendo por dois fatores. Primeiro, porque as pessoas precisam dar vazão ao seu desejo de consumo, principalmente de bens semiduráveis como roupas e calçados. 

Segundo, pela recuperação da economia."Apesar do saldo de carteira de trabalho apresente números medíocres no trimestre em Londrina (apenas 70 novas vagas), é um sinalizador positivo. Também estamos criando empregos sem carteira assinada que não entram nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados)", comentou Rambalducci. 

Os indicadores econômicos, lembrou o consultor, mostram vetores em ascensão, o que aumenta a confiança do consumidor. "Com a inflação controlada também há um ganho de poder aquisitivo. Somado a taxa de juros baixas, a estabilidade do emprego e a possibilidade de ofertas de emprego impactam positivamente na decisão de consumo", enfatizou. 

Essa perspectiva de consumo traz ânimo ao varejo. "Estamos vindo de meses retraídos, principalmente janeiro e fevereiro. Em março e abril percebe-se uma recuperação, mas nada de vendas exorbitantes. Estamos esperançosos com maio, que além do Dia das Mães, também deve começar a viver o clima da Copa do Mundo", afirmou Fernando Maurício de Moraes, vice-presidente da ACIL. 

Segundo ele, o comércio não tem um percentual de crescimento esperado, mas lembrou que o ano passado foi fraco de vendas. Ele acredita que alguns segmentos devem despontar, como por exemplo, o de televisores. "Temos em julho a Copa e, em novembro, o desligamento do sistema analógico. Isso deve impactar as vendas. E junto com o televisor o consumidor troca de sofá para assistir aos jogos com os amigos. Ele também compra a camiseta da seleção, os filhos querem chuteiras. E assim o comércio se movimenta", disse Moraes. 

O Sincoval (Sindicato do Comércio Varejista de Londrina e Região) é mais contido no otimismo de crescimento do consumo do que a Fecomércio. O sindicato trabalha com perspectiva de aumento na casa dos 20%. O otimismo, de acordo com o presidente do Sincoval, Ovhanes Gava, está associado à abertura de vagas temporárias e à injeção de dinheiro na economia proporcionadas pela ExpoLondrina e o superavit de emprego em março. Ele acredita que o varejo deve retomar as contratações. "Agora vem o Dia das Mães, depois Dia dos Namorados e Copa do Mundo. O comércio vai ter que contratar", disse Gava. 

Com os indicadores positivos, a coordenadora de Pesquisas da Fecomércio, afirma que este é o momento para o varejo investir em mão de obra. Mas Rambalducci alerta que o comerciante precisa equacionar o seu estoque para não ter problemas futuros.


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