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MPEs querem crescer com licitações

Fonte: Folha de Londrina

Ter uma renda fixa garantida e crescer em Londrina é o que esperam os MPEs (micro e pequenos empresários) que participaram na terça-feira, 29, da Rodada de Negócios do programa Compra Londrina, na ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina). O evento colocou frente a frente 42 representantes da iniciativa privada e 14 de entidades públicas, para trocar informações, sanar dúvidas e facilitar o acesso regional a licitações, pregões eletrônicos e outras modalidades de comércio de produtos e serviços, que giram em torno de R$ 1,5 bilhão ao ano na cidade, segundo a Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina).

Cada empresário pôde debater por 15 minutos com representantes de secretarias municipais e de entidades financiadas com recursos públicos, como Sebrae e Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). Conforme o Sebrae, são mais de 60 empresas âncoras em Londrina, das quais 60% compram todos os tipos de produto. Somente os gastos da Prefeitura giram em torno de R$ 400 milhões. 

O superintendente da a ACIL, Diego Menão, afirma que há dificuldades do Poder Público em ter informações de fornecedores na hora de formatar editais e de empresários em ter acesso a informações sobre licitações em andamento. "A rodada serve para eliminar essas barreiras e esclarecer como ocorre o processo de compra pública", diz. 

Para ele, os benefícios são menores custos e maior agilidade, o que é bom para o contratante. "Do outro lado, a empresa gera maior renda, mais empregos, tributos, e pode se capacitar para participar de licitações fora de Londrina, abrindo novos mercados", diz Menão. "Não se trata de fazer grandes negócios, mas de fazer muitos negócios", completa. 

O diretor de desenvolvimento da Codel, Atacy de Melo Júnior, conta que, para elaborar um edital, é preciso saber que existem fornecedores no município capazes de participar, assim como indicar preços coerentes com valores de mercado para evitar problemas. Para ele, as empresas locais são tão competitivas quanto as forasteiras. "O que ocorre é que vemos um fornecedor de fora ganhar processo por um preço bem baixo e depois quebrar o contrato, não conseguir oferecer um produto ou serviço com qualidade, o que não interessa para ambas as partes", diz Melo Júnior. 

OPORTUNIDADES 
Para a microempresária Ingrid Sasaki, da Rick Salgados, o evento foi a oportunidade de entrar em contato com empresas públicas que não conheciam a empresa dela. "Acho que o grande desafio de todo o comércio é conseguir uma venda mais recorrente e a licitação dá uma segurança. Se eu mantiver a qualidade, vou conseguir uma renda todos os meses para pagar o salário dos meus funcionários e posso expandir, contratar mais gente, aumentar a empresa e comprar mais máquinas", diz Ingrid, que já fornece bufês e coffee breaks por meio de licitação à Prefeitura de Ibiporã. 

Por outro lado, Fernando Cremonez, da Fernando Cremonez Fotografia, nunca participou de uma concorrência pública. "É um mercado que não conhecia, no qual não me via dentro e, conforme amadureceu a ideia, vi que posso fazer também", diz. "Acabamos nem mesmo sabendo dessas licitações e os contratados são de fora, então estou me apresentando porque eventos é a minha área", completa. 

Vendedor da Polipel Embalagens, Robson Paulo Rodrigues de Oliveira também foi à rodada de negócios para divulgar os serviços. Com 15 funcionários, a empresa ainda fornece descartáveis, produtos de limpeza e alimentícios, mas não atua com licitações. "Enxergamos como um campo expansível e buscamos entrar nisso.

Não tínhamos uma pessoa específica para trabalhar nessa área e hoje queremos alguém que trate da legislação, de tudo", conta. 
Grandes empresas locais, contudo, também marcaram presença. "Estamos muito parados em licitações e queremos retomar o que tínhamos, porque é uma venda bem expressiva e o dinheiro pode ficar na cidade", diz o gerente Alexandre Lopes, da Móveis Brasília. 

SERVIÇO 
Para mais informações, basta acessar o site da ACIL, ligar para (43) 3374-3000, ou enviar e-mail para compralondrina@ acil.com.br.


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