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Otimismo atinge quase 75% do empresariado londrinense

Fonte: Folha de Londrina

O ano de 2019 deve ser de recuperação das vendas, investimentos e contratações em Londrina. Essa é a expectativa do empresariado local, de acordo com a Pesquisa de Opinião elaborada pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná). Quase 75% dos entrevistados afirmam que o ano será favorável. É o segundo maior percentual de otimismo do Estado.

A média estadual de otimismo dos empresários é de 73,2% e teve alta de 21 pontos percentuais em comparação à edição anterior realizada no segundo semestre de 2018, que era de 51,8%. Em Londrina, 74,5% dos ouvidos esperam ter aumento das vendas no primeiro semestre. 

A mudança na opinião dos empresários é reflexo da esperança de melhora da economia em função dos novos governos federal e estadual. Além disso, a confiança do consumidor voltou a subir e o varejo paranaense apresentou em 2018 o primeiro aumento real no volume de vendas desde o início da crise, em 2014. Prévia da Pesquisa Conjuntural da Fecomércio Paraná revela que até novembro o comércio de Londrina cresceu 11,66%. 

De acordo com a coordenadora de pesquisas da Fecomércio, Priscila Andrade, o desempenho positivo do agronegócio também ajuda neste clima de otimismo. "Londrina fica atrás só da região Oeste (77,6%), com mais produção de soja, e vem acompanhando a trajetória do Estado. Ano passado, mesmo quando estávamos crescendo, os empresários ainda não estavam otimistas. Mas com os setores que precisam de crédito crescendo, os juros baixando e os bancos menos criteriosos para liberação de crédito há uma sensação de segurança", afirmou Andrade. 

O que vem puxando este otimismo são as vendas de concessionárias de veículos, que cresceram mais de 30% em 2018, materiais de construção e lojas de departamento. "São setores que agregam volume de vendas. Os segmentos de calçados e vestuário ainda não se recuperaram", comentou a coordenadora. Mas ela enfatiza que o comércio é um setor muito sensível ao humor do mercado. 

A pesquisa também mostra que os empresários pretendem contratar mais em 2019. A parcela de empresas londrinenses que planeja aumentar o número de colaboradores é de 26,8%, contra apenas 2,5% na última sondagem. A maior parte (56,3%) intenciona manter o quadro funcional e apenas 8,5% devem reduzir sua força de trabalho. Londrina fechou o ano passado com saldo positivo de 149 postos de trabalho com carteira de trabalho no comércio. 

As preocupações dos empresários também demonstram mudança. Na edição anterior da pesquisa, a maior dificuldade relatada era a instabilidade econômica, que passou de 79,8% para 60% neste semestre. Atualmente, o empresariado se mostra mais preocupado com a carga tributária elevada (62%). 

Para o empresário Fábio Yoshimora Ajita, proprietário de uma rede de lojas de calçados, a reforma tributária traria um grande impacto para o comércio. "Infelizmente, isso leva tempo", comentou Ajita. Apesar de acreditar que o ano será melhor do que 2018, o empresário é mais contido no otimismo. "Acredito que será um ano melhor, mas não na proporção que todo mundo espera", disse. 

Segundo ele, desde o ano passado, a empresa está fazendo estudando a reestruturação da gestão, e apesar de não ter previsão de ampliar o quadro de funcionários, ele pretende manter os colaboradores atuais. 

O diretor comercial da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Ângelo Pamplona, acredita que este otimismo possa se concretizar ainda no primeiro semestre. "Já percebemos diferenças. O Carnaval mais longe (no começo de março) favorece as empresas se planejarem mais cedo. Elas já estão trabalhando e as coisas começam a se movimentar", afirmou Pamplona. 

A pesquisa da Fecomércio mostra ainda que, 39,4% das empresas de Londrina e Região pretendem investir em seus negócios neste semestre, contra 20% na última sondagem. O mesmo percentual (39,4%) afirma que não fará novos investimentos e 21,1% ainda não decidiram. 

Dentre as sete regiões paranaenses avaliadas pela pesquisa, a região Oeste concentra o maior número de empresários otimistas, com 77,6%. Na sequência está Londrina (74,6%), seguida por Ponta Grossa (73,9%), Maringá (72,9%), Curitiba e Região Metropolitana (72,7%) e o Sudoeste (71,9%).


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