Conversa com o presidente
Otimismo realista
O Dia dos Pais se aproxima. Uma data sempre muito especial para o comércio. E este ano há um motivo extra para a renovação de ânimo do varejista, uma classe que vive como poucas a angústia de uma crise econômica.
Os indicadores começam a sinalizar uma conjuntura com sinais de retomada da atividade. São notícias que sugerem um cenário bem menos deteriorado no próximo ano e que colocam na pauta a necessidade de se pensar nos investimentos para um período mais aquecido nas vendas.
O consumo de energia elétrica nas residências cresceu 4,6% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. É a quarta medição mensal positiva seguida.
O Índice de Confiança da Indústria subiu 3,7% em julho e atingiu o maior nível desde novembro de 2014.
O Indicador Antecedente de Emprego, dado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, avançou 6,9% em julho ante junho, o maior nível desde março de 2014. Foi a quinta melhora consecutiva do índice, uma medição que antecipa os rumos do mercado de trabalho.
O ingresso de receitas através do mercado exterior está compensando parte da retração do mercado interno. O saldo da balança comercial nos sete primeiros meses deste ano atingiu US$ 28,2 bilhões, o melhor resultado da série histórica iniciado em 1989. Julho foi ainda melhor, com o melhor resultado para este mês desde 2006.
É evidente que ainda não estamos nos melhores do mundo, mas as notícias boas já começam a se misturar com as ruins, antes absolutamente predominantes. Parece ser questão de tempo para comemorarmos uma recuperação mais global.
Por tudo isso, eu diria que o Dia dos Pais deve dar mais razão aos realistas do que aos pessimistas de plantão. Temos convicção que os comerciantes poderão se surpreender com o patamar de vendas neste dias que antecedem a data.
Entendo ainda que uma decisão iminente no campo político – o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff - deve melhorar ainda mais as expectativas, menos incertas e, assim sendo, menos assustadoras. Com isso, o ambiente de negócio deve se fortalecer automaticamente.
E eis que o sempre controvertido agosto pode ficar lembrado na História como o mês no qual o país encaminhou de vez sua mudança de rumo, após amargar um dos seus piores momentos em décadas.
Até a próxima,
Claudio Tedeschi
“Meu maior orgulho aos 80 anos é saber metade do que pensava saber aos 20”
Pablo Picasso (1881-1973), pintor espanhol
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