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Dica empresarial: Profissionalize-se antes de fazer o login

Fonte: Revista Mercado em Foco – Samara Rosenberger

Que as redes sociais são essenciais para fortalecer a marca e disputar o mercado todo mundo já sabe. Entretanto, investir – de verdade – nelas ainda é um tema de resistência entre os empresários. Profissionalizar uma ferramenta que nasceu com o status de entretenimento é uma necessidade imediata e, quanto mais cedo o comerciante entender isso, mais próximo estará de alcançar o sucesso e alavancar seus negócios.

Segundo uma pesquisa da Altimeter Group Study, é 57% mais provável que empresas engajadas no social obtenham mais leads de vendas e 40% que sejam percebidas como mais competitivas. Apesar dos dados serem dos Estados Unidos, uma pesquisa publicada em 2015 pela PricewaterhouseCoopers Brasil revelou que 77% dos brasileiros avaliam as informações das marcas pelas redes sociais antes de decidir uma compra.

Então, como executar o marketing digital no negócio? Apesar do tema parecer simples, a grosso modo é essencial ter planejamento. Esse é um dos grandes desafios encontrados pelo empresariado londrinense.

O primeiro passo é ter um profissional qualificado para elaborar um plano estratégico. Rede social no negócio não combina com amadorismo. A dica é da consultora de estratégias em negócios Sheila Dal Ry. “A comunicação precisa estar no DNA da empresa. Com a ampla concorrência, é necessário mostrar diferencial de produtos, atendimento e serviços para um consumidor cada vez mais exigente. Só um profissional capacitado terá essa percepção”, argumenta.

De acordo com ela, o ideal é contar com um colaborador dedicado apenas ao gerenciamento das redes dentro da empresa. “Viemos da era em que esse tipo de serviço era prestado por agências e, por serem terceirizadas, não há total eficácia. É melhor contratar um profissional qualificado para atuar internamente e mais um estagiário, por exemplo, que atuarão 100% do tempo nisso, do que uma agência cujos profissionais dividem a atenção com dezenas de clientes.” No entanto, tudo depende da necessidade da empresa. “Se o fluxo de informação é pequeno, recomendo que haja terceirização, mas, se for um comércio e houver bastante conteúdo para publicação, melhor um profissional específico”, completa.

Contratação é sinônimo de investimento. A boa notícia é que o marketing digital tem um ótimo custo-benefício. “É bastante compensador”, cita a consultora. Na hora de planejar o orçamento anual da empresa, é imprescindível atentar-se a esse quesito. A tendência de investimento na área é de crescimento. Segundo o The CMO Survey, site especializado em pesquisas nas áreas de comunicação e marketing, os gastos com publicidade tradicional caíram 3,2%, enquanto aumentaram 13,2% na digital.

Dados não mentem. Apesar das inúmeras pesquisas e estudos, ainda há outro desafio que precisa ser quebrado: o medo e a resistência. “Quando o empresário é mais antigo, noto que existe incredulidade quanto aos efeitos das redes sociais. Alguns acham que é só para bater papo e temem contratar alguém para gerenciá-las. Quando isso acontece, trago a pessoa e mostro que existe muito mais que postagens de ‘bom dia’ e ‘boa tarde’”, exemplifica Sheila.

Outros têm medo de expor a empresa e ficar à mercê de reclamações. “Neste caso, faço o trabalho inverso; converso com funcionários, vejo se há reclamações e oriento direcioná-las a um e-mail privado”, conta.

Eles apostaram e deram certo!

Para a M&A Riviera Tecidos, rede social significa sobrevivência. O proprietário Marcos de Almeida decidiu apostar nas ferramentas mesmo sob a crise. “Decidimos lutar. No primeiro momento ficamos bem assustados pois era muita novidade. Tínhamos que fazer uma agenda e definir com uma semana de antecedência quais seriam as ações divulgadas pelo Facebook. Não tínhamos experiência, por isso chamei uma ex-funcionária, que é estilista e já lidava com isso”, conta.

E deu certo. Apesar do faturamento não ter aumentado, o volume de vendas se manteve. “Tínhamos um Facebook bem amador e não trazia resultados. Agora, profissionalizado, conseguimos fazer vendas para clientes de outros estados, que veem nossos tecidos e pedem para enviá-los. Geralmente, o primeiro contato acontece pelas redes, mas a venda é concretizada via WhatsApp. Já comprei mais celulares e cada vendedora vai trabalhar com um aparelho para agilizar a comunicação com os consumidores.”

A medida trouxe tantos resultados que a empresa está se preparando para ingressar no e-commerce. “Estamos fazendo mudanças na logística e nosso objetivo é inaugurar o site daqui a três meses. Essa já era uma ideia antiga, mas não tínhamos conseguido executá-la. Agora, com o incentivo e indicações de nossa consultora, temos nos animado para fazer esse investimento”, explica Almeida. O segredo, segundo ele, é investir, mesmo em tempos de recessão. “É claro, com diligência.”

O Grupo Chimarrão também percebeu o poder do marketing digital no fim do ano passado. “Surgiram pedidos de orçamentos, mensagens com elogios e dicas e notamos que havia informações valiosas ali. Implantamos as redes sociais depois de um curso ministrado na ACIL e entendemos a magia que existe por trás de tudo isso”, comenta a sócia-proprietária, Marisol Chiesa.

O Facebook tem contribuído para a imagem da empresa, ajudado a atrair e fidelizar o cliente. O resultado é visto por meio da concretização de contratos. “Começamos a divulgar nosso salão e conseguimos fechar casamentos e eventos por meio de divulgações na rede. Também fazemos promoções e conseguimos mensurar quantas pessoas estão acompanhando nossas empresas”, analisa.

Segundo ela, os desafios no processo de execução estão sendo sanados graças a profissionais bem qualificados que a assessoram. Todos os profissionais de Recursos Humanos, cujo setor é responsável pelo gerenciamento das redes, passaram pelo curso de capacitação. “Eu mesma fiz porque acho importante que os gestores se envolvam e acompanhem o que acontece na empresa, inclusive para poder valorizar o trabalho do funcionário.”

Daqui para frente, o objetivo é aprimorar e investir mais recursos. “Dentro do nosso planejamento estratégico exaltamos as áreas de comunicação, propaganda e marketing, pois reconhecemos a necessidade de cuidar da imagem da empresa”, ressalta.

Que tipo de profissional contratar?

As qualificações que mais contrataram são das áreas de marketing, publicidade, jornalismo e relações públicas. “Costumo dizer que o profissional perfeito seria um jornalista e um marqueteiro. O primeiro tem domínio sobre a qualidade de conteúdo e o segundo sabe influenciar pessoas”, explica Sheila.

Outra dica é optar por um profissional antenado e em constante evolução. De acordo com a consultora, “o que era novidade há um mês não é mais. As pessoas são ansiosas e insatisfeitas, por isso é preciso dar o seu melhor para chamar a atenção. Isso exige um profissional extremamente atualizado”.


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