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Ações do governo e queda da inflação ajudarão o PIB, diz BC

BRASÍLIA – Gastos públicos farão a diferença para garantir um Produto Interno Bruto (PIB) positivo em 2009, com alta real de 1,2% sobre o ano passado, argumenta o Banco Central (BC). Enquanto os programas do governo devem impedir que a taxa de investimentos fique negativa, a queda da inflação vai beneficiar a renda e sustentar o consumo.

 

Os argumentos são do diretor de Política Econômica do BC, Mario Mesquita, ao apresentar revisão na projeção do PIB para o ano, que caiu de 3,2% na expectativa anterior, para 1,2% agora. Mesmo com a queda, a autoridade monetária segue mais otimista que a maioria dos analistas do mercado financeiro, que projetam crescimento zero para este ano.

 

Questionado sobre o porquê do otimismo, Mesquita explicou primeiro que o BC tem acertado mais em suas projeções que o próprio mercado.

 

A base da avaliação do BC é a seguinte: a massa salarial deve ter variação positiva real em 2,5%, ante os 6,9% de 2008. A taxa líquida de ocupação, uma das variáveis da massa salarial, deve ficar positiva em 0,5%. Ou seja, mais emprego que desemprego, segundo o diretor, que trabalha com uma taxa média de desemprego para o ano em 8,8%.

 

A outra variável para a massa salarial é o rendimento médio do trabalhador, que deve crescer 2,5% "em função da queda da inflação", justificou Mesquita. O aumento de renda influirá na sustentação do consumo interno.

 

Segundo o BC, o consumo das famílias deve subir 1,6% e contribuir com 1 ponto percentual para o PIB. E o governo contribuirá com 0,5 ponto do PIB.

 

A autoridade monetária ressalta que a administração pública foi o único indicador a ter elevação nas estimativas, de 1,8% para 2,8%, dentro do segmento de serviços. No segmento industrial, a construção civil tem estimativa para subir 2,7% no ano, em função de ações governamentais, como o pacote de habitação popular e outras obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

 

Segundo o diretor do BC, as ações do governo é que sustentarão alta de 0,7% nos investimentos. A previsão anterior era de elevação de 4,4%.

 

No Relatório de Inflação divulgado hoje, o BC explica que além do PAC, o governo também entra com a concessão de recursos para financiamentos de projetos do setor privado, por meio do BNDES, além de pesados investimentos programados pela Petrobras em petróleo e gás.

 

(Azelma Rodrigues | Valor Online)

 

Fonte: O Globo


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