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VAREJO: Apenas duas atividades têm queda em fevereiro

SÃO PAULO, 16 de abril de 2009 –

Apenas duas atividades do comércio varejista brasileiro apresentaram queda no volume das vendas em fevereiro, na comparação com fevereiro de 2008, sem ajuste. Segundo apurou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de Móveis e eletrodomésticos caiu 2,1% enquanto Tecidos, vestuário e calçados despencou 6,9%.

 

Em fevereiro, as vendas no varejo brasileiro cresceram 3,8% em relação a janeiro e 4,9% no bimestre. Na relação ano a ano (fevereiro de 2009 em relação a fevereiro de 2008) a alta foi de 1,5%.

 

No sentido contrário, o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu acima da média: 5,6% no volume de vendas em fevereiro, sobre igual mês do ano anterior, e foi responsável pela principal contribuição (74%) da taxa global do varejo.

 

No acumulado dos últimos 12 meses cresceu 5,2%, desempenho motivado pelo aumento do poder de compra da população, decorrente do aumento da massa real do salário de 6,2% sobre fevereiro de 2008, segundo a Pesquisa Mensal do Emprego, levantamento também realizado pelo IBGE. Também contribuiu para o crescimento da atividade, num ritmo acima da média, a desaceleração dos preços dos alimentos nos últimos meses (1,1%) no Grupo Alimentação no Domicílio, nos últimos seis meses, contra 2,4% do Índice Geral, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

As vendas do grupo Outros artigos de uso pessoal e doméstico, segundo maior impacto na formação da taxa do varejo (23%), cresceram 10,5% em fevereiro, em relação a fevereiro de 2008. Há trinta e um meses esse segmento, composto por lojas de departamentos, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos etc., vinha tendo crescimento de dois dígitos. “No trimestre de novembro, dezembro de 2008 e janeiro de 2009, o crescimento reduziu-se a um dígito, mas voltou agora, em fevereiro de 2009, a ficar acima de 10%, mostrando uma tendência de retornar ao patamar anterior”, aponta o IBGE. A taxa acumulada dos últimos 12 meses foi de 12,7%.

 

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, terceira maior participação na taxa global, cresceu 12% em vendas no segundo mês do ano em relação a igual período do ano passado, acumulando crescimento de 12,6% nos últimos 12 meses. A expansão da massa de salários e a diversificação na linha de produtos comercializados são os principais fatores explicativos para esse desempenho.

 

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, quarto maior impacto no taxa geral, teve alta de 11,3% no volume de vendas, sobre fevereiro do ano passado, acumulando crescimento de 30,5% nos últimos 12 meses. Dentre os fatores que determinaram este desempenho, destacam-se a redução de preços dos produtos do gênero e a crescente importância que os produtos de informática e comunicação vêm tendo nos hábitos de consumo das famílias.

 

No mesmo período de comparação, o segmento de Combustíveis e lubrificantes, subiu 0,5% e respondeu este mês pela quinta maior contribuição à taxa global. Em termos de desempenho acumulado, a taxa de variação chegou aos 8,8% nos últimos 12 meses. Atribui-se este comportamento à estabilidade de preços dos combustíveis.

 

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria exerceu a menor influência positiva no resultado do varejo. Em relação a fevereiro de 2008, o volume de vendas cresceu 1,9%, acumulando variação de 11,2% nos últimos 12 meses.

 

Móveis e eletrodomésticos, com variação negativa de 2,1% no volume de vendas em relação a fevereiro do ano passado, teve seu primeiro resultado negativo, após 65 meses de alta. A queda deve ser atribuída às restrições de crédito e ao comportamento mais cauteloso do consumidor. Nos últimos 12 meses, o segmento cresceu 12,4%.

 

O segmento de Tecidos, vestuário e calçados, que retraiu o volume de vendas em -6,9% com relação a igual mês do ano anterior, completa quatro meses em queda, o que se explica também pelo conservadorismo do consumidor diante do atual quadro recessivo da economia. A atividade acumulou nos últimos 12 meses variação de 2,4%.
(PD – InvestNews)

 

Fonte: InvestNews


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