Fonte: Folha Online
O Banco Mundial anunciou nesta quinta-feira que o PIB (Produto Interno Bruto) global deve recuar 3% em 2009, com "perspectivas cada vez mais sombrias para as economias em desenvolvimento".
A previsão coincide com a cúpula do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), programada para começar nesta sexta-feira (12) e durar até o sábado (13) na Itália.
A previsão anterior, publicada em março, era de uma baixa de 1,75% do PIB mundial. "A economia mundial deve recuar este ano mais do que o previsto anteriormente, e os países pobres vão continuar sendo duramente atingidos pelas múltiplas ondas de tensões econômicas", afirmou em um comunicado o presidente da instituição, Robert Zoellick.
"A maioria dos países em desenvolvimento também vai ter queda no PIB e vem enfrentando perspectivas cada vez mais sombrias, a menos que a tendência de suas exportações, de envios de remessas de seus emigrantes e dos investimentos estrangeiros se inverta daqui até o fim de 2010", declarou.
O banco indicou ainda que o crescimento deve voltar no decorrer do ano 2010, mas que o "ritmo da retomada é incerto". Além disso, os pobres em inúmeros países em desenvolvimento continuarão a ser atingidos por efeitos secundários, na medida em que eles têm menos meios de se proteger.
FMI
Uma fonte ouvida pela agência de notícias Reuters disse que o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou sua previsão de crescimento para a economia global em 2010 para 2,4%, acima do 1,9% estimado em abril, devido às medidas de estímulo adotadas por diversos países nos últimos meses.
A informação consta de uma nota do FMI para a reunião do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia). A expectativa do Fundo, segundo a fonte da Reuters, é de que a recuperação da economia global seja gradual.
Para este ano, no entanto, a previsão se mantém em queda de 1,3%, dado que consta do relatório "World Economic Outlook" ("Panorama Econômico Mundial"), divulgado em abril.
No fim do mês passado, Strauss-Kahn disse que a retomada do crescimento econômica deverá ocorrer no início de 2010, mas que isso não significa o "fim total da crise". "Inclusive se o primeiro trimestre de 2010 marcar o retorno ao crescimento, as consequências no campo social demorarão muito mais tempo a chegar", afirmou.
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