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Bovespa parece ter superado fase de ”pânico” com a crise, dizem analistas

Laura Naime Do G1, em São Paulo

 

Em pleno cenário de crise mundial, a Bolsa de Valores de São
Paulo (Bovespa) encerrou o primeiro trimestre do ano como a boa
notícia da economia. Após registrar em 2008 o
segundo pior ano de sua história
, com queda de 41,22%,
o Índice Bovespa acumulou alta de 8,99% de janeiro a março
deste ano
.

 

De acordo com analistas consultados pelo G1, os
números dos últimos meses mostram que, pelo menos na Bovespa, a
fase de “pânico” com a crise parece ter passado.
“Não acredito que haja mais espaço para quedas muito mais
fortes do mercado. A situação ainda é grave, mas acho que agora
a luz no fim do túnel já não é um trem”, diz Alexandre
Espírito Santo, economista da Way Investimentos e diretor do
curso de Relações Internacionais da ESPM-RJ.

 

Em 2008, a Bovespa foi uma das faces mais visíveis da crise por
aqui. Após um pico de 73.516 pontos em maio, o Ibovespa
despencou a 29.435 em outubro, acumulando um prejuízo de cerca
de 60%, seguida de uma recuperação nos últimos meses do ano.

 

Muitas turbulências depois, a bolsa parece ter encontrado alguma
estabilidade, com a redução da diferença entre os pontos mais
altos e mais baixos registrados em cada mês. (Use o
navegador acima para conferir a variação da Bovespa nos
últimos 12 meses)

 

“Esse movimento brusco foi causado pela incerteza do que ia
acontecer mais à frente. Quando a crise começou no Brasil, caiu
por terra a teoria do descolamento em relação ao exterior. Essa
dúvida ainda persiste, mas já não temos algumas incertezas
daquela época, como se ia haver uma disparada do câmbio”,
diz Ricardo Almeida, Ricardo Almeida, professor de finanças do
Ibmec São Paulo.

 

Potencial de crescimento

 

Segundo os especialistas, a Bovespa tem potencial para seguir
crescendo até o final do ano. As estimativas variam, mas é
consenso que essa alta será não mais que moderada: na visão mais
cautelosa, da Way Investimentos, o Ibovespa chegará ao fim do
ano a 46 mil pontos; na mais otimista, da Fator Corretora, a 51
mil – ainda longe do pico de 73.516 de maio passado.

 

“Tem potencial de crescimento para este ano
para o Ibovespa. Tem um movimento de recuperação das economias,
a expectativa de que os planos de incentivo vão ser eficazes,
vão incentivar a produção. São medidas de longo prazo, mas que
em bolsa são antecipados”, avalia Andres Kikuchi, chefe da
área de análise da Link Investimentos.

 

“Não dá pra esperar grandes pulos, mas dá pra
esperar que ele (o Ibovespa) não caia até aquele piso de 29 mil
pontos”, aponta Almeida. “O mais provável é o Ibovespa
estar nessa linha de alta, mas sem alta brusca.”

 

Para Espírito Santo, da ESPM, o momento de pânico passou:
“Tem motivo para preocupação, precisa monitorar a situação.
Mas a chance do paciente morrer eu não estou vendo.”

 

Volatilidade

 

Pelo menos no curto prazo, no entanto, a melhora do cenário não
deve acabar com a volatilidade da bolsa, que tem alternado dias
de alta e baixa.

 

“Volatilidade é a palavra-chave para este
ano. Essa semana, por exemplo, teve alta porque os bancos vieram
com números melhores no primeiro trimestre, trouxe otimismo para
os mercados. Mas depois tem uma correção para realizar
lucros”, diz Kikuchi. “A volta do investidor
estrangeiro ainda não é consistente. Teve melhora nas últimas
semanas, mas devem acontecer algumas entradas e saídas ao longo
dos próximos meses”, aponta.

 

“Essa crise é tão profunda que a gente
evidentemente ainda vai ficar sofrendo esse sobe-e-desce, mas de
alguma maneira tende a ser menor daqui para frente”, diz
Espírito Santo.

 

Fonte: G1


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