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Como fazer o planejamento empresarial de 2019?

Por Samara Rosenberger – Revista Mercado em Foco – ACIL

 

Cada ano que se inicia requer planejamento e organização. Seja no âmbito pessoal ou profissional, é preciso saber aonde se quer chegar para escolher o caminho mais adequado a seguir. E quando o assunto é a saúde e crescimento da sua empresa, a tarefa é obrigatória.

O planejamento empresarial consiste na definição de metas e objetivos a serem alcançados e nas etapas necessárias a serem cumpridas. É o conjunto de estratégias elaborado pelo empresário, equipe de trabalho ou consultor contratado. É parte indispensável dentro de qualquer negócio, independente do ramo de atividade, tempo de vida ou porte.

Do micro ao grande empresário, a ferramenta está no topo das checklists de Ano Novo. Isso porque o cenário externo e as oscilações do mercado exigem a reavaliação periódica das estratégias. Toda empresa deve estar preparada para novos episódios e consciente para fazer os ajustes necessários.

A falta de projeção pode colocar o negócio em área de risco e ameaçar sua sobrevivência. Esse é um dos motivos elencados para seu insucesso ou falência. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 60% das empresas fecham as portas com apenas cinco anos de vida.

Para que você esteja preparado para os próximos 365 dias, conversamos com a consultora de empresas Regina Nakayama, que explica o passo a passo de um bom planejamento empresarial.

1 – Avalie o que deu errado

“Antes de classificar o desempenho do seu negócio como ótimo, regular ou péssimo, faça a seguinte pergunta: em relação a quê?”, orienta. De acordo com ela, é preciso estabelecer parâmetros para uma análise assertiva. “A régua de medição é definir, por exemplo, o que o empresário queria no início de 2018 e o que conseguiu ao seu final. Por isso, a importância de elaborar o planejamento a cada ano. Resgate o que foi colocado como meta e faça o comparativo: o que faltou?”, ensina.

Sem métricas pré-estabelecidas, há risco de cair no “achismo”. “Opiniões não têm referenciais concretos. Quando os indicadores são poucos ou simplesmente não existem, não há números suficientes para construir um comparativo. Se não tenho nada, como vou avaliar?”, questiona.

Levantar o número de clientes novos, produtos vendidos, serviços prestados é uma boa dica para começar.

2 – Cuide das suas finanças

“Quando falamos em finanças, falamos em saúde do negócio”, aponta Regina. Para ela, o administrador deve avaliar não só os números, mas a representatividade deles. “Atendo empresas que ficam focadas no valor de venda diária, por exemplo, mas não pensam no que aquele dado significa para o futuro. Ou seja, quanto preciso vender a mais neste mês para construir o cenário que desejo para 2019?”, questiona.

As finanças estão diretamente relacionadas às vendas da empresa. Por isso, os gestores da área comercial precisam se atentar às pesquisas e análises de resultados qualitativos. “Se a empresa tem uma média semanal de vendas, devo me perguntar: o que está por trás desse valor? Quantos clientes novos esse dado representa para mim?”, exemplifica.

Ter metas de vendas claras e reais é imprescindível para manter uma equipe motivada a alcançar os objetivos esperados. “As metas têm dois pilares fundamentais: a quantidade e o prazo. Não adianta falar apenas que se quer mais, sem estipular o quanto se quer. Esse número, no entanto, precisa ser possível de alcance, do contrário, pode culminar na frustração da equipe de vendas”, alerta.

Outra métrica importante é analisar a taxa de conversão, levantando a quantidade de orçamentos emitidos versus orçamentos fechados. “Quando um cliente sai da loja sem comprar nada, pergunte-se: ‘Por qual motivo isso aconteceu? Está ocorrendo de forma recorrente?’ Se sim, há falhas a serem descobertas”.

3 – Marketing é assunto para especialista

Segundo a consultora de planejamento, estar presente nas Mídias Sociais é preocupação da maioria dos administradores. Antes, porém, é vital estar internamente presente.

“Muitas vezes, os colaboradores não estão alinhados com o compromisso, valor e missão da empresa. Antes de investir em um anúncio, evento ou qualquer outra ação de marketing, toda a equipe deve ter conhecimento sobre o produto ou serviço que será divulgado. Essa movimentação é anterior à exposição”, pontua.

Nenhum plano de ação pode dar certo se a equipe não estiver totalmente envolvida e preparada. Quando os funcionários aceitam e acreditam no que lhes é apresentado, a chance de sucesso é ainda maior.

Feito isso, o próximo passo é contratar um profissional ou empresa especializada no ramo. Um dos grandes erros dos empresários, conforme a consultora, é delegar a tarefa a um colaborador que tem afinidade com as Mídias Sociais, mas não possui técnicas e conhecimento estratégico para utilizá-las da melhor maneira.

“Há gestores que ainda acreditam que aproveitar um grupo de pessoas dentro do seu negócio para fazer esse tipo de serviço vai surtir um ótimo efeito. De fato, o trabalho aparente pode ser bom, mas na maioria dos casos falta sustentação por uma série de fatores, como ausência de cronograma, acompanhamento de resultados e objetivos”, elenca.

O amadorismo gera resultados amargos. “O mercado é cruel. O cliente de hoje não dá uma segunda chance. Qualquer mensagem mal elaborada ou publicação não condizente com seus valores pode colocar tudo a perder”.

4 – Cuide das pessoas

Muito se ouve falar sobre as diferenças entre chefes e líderes. Chefe é aquele que impõe ordens, é autoritário, centralizador e preocupado em resultados e lucros. Líder é conhecido por ser um inspirador e motivador de pessoas. Mais do que delinear o caminho, acompanha seus liderados. Não é à toa que são extremamente respeitados.

“Um dos pilares mais importantes dentro de uma empresa é o relacionamento entre líderes e liderados”, avalia Regina. Por isso, o verdadeiro líder reconhece e elogia o funcionário sempre que uma meta é cumprida ou um resultado alcançado. “Infelizmente, ainda existe a cultura de muita cobrança e pouca valorização”.

Muitos gestores acreditam que a cobrança gera mais produtividade que elogios, mas a realidade mostra o contrário. “Quando você parabeniza alguém, enaltece suas qualidades e o fortalece para as próximas atividades”. Fazer do reconhecimento parte essencial do estilo de liderança garante uma equipe mais feliz e produtiva.


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