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Conta de luz cairá até 14% nas residências do Paraná

Fonte: Folha de Londrina


A conta de energia elétrica do paranaense vai ficar mais barata.
A tarifa cobrada pela Copel Distribuição terá redução de 14,3%
para os consumidores residenciais e a redução deve ser sentida nos
boletos com vencimento a partir de 24 de julho. Considerando também
os clientes industriais e comerciais, a redução média chegará a
12,87%. 

O reajuste tarifário anual foi homologado ontem, em reunião na
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em Brasília, após
análise da planilha detalhada da Copel que demonstrou a
possibilidade de reduzir a conta de luz no Estado. “Nós já
esperávamos uma redução nestes índices”, diz o diretor da
companhia, Antônio Guetter. A vigência da nova tarifa será de 12
meses. 

Entre os fatores que influenciaram na revisão estão a melhora
nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, que produzem
energia elétrica mais barata e leva ao desligamento das
termelétricas, mas Guetter também cita a redução de encargos
setoriais e melhoria na eficiência dos custos da empresa. 

Em uma conta simples, o impacto em uma conta de luz de R$ 100
seria de R$ 14,30 a menos e o cliente nesta faixa de consumo mensal
passaria a pagar R$ 85,70. O administrador especializado em finanças
Maicon Putti diz que, para sentir a diferença de forma mais
palpável, o ideal é calcular o quanto isso representará de
economia no fim de doze meses – no caso, chegaria a R$ R$ 171,60 a
menos de despesa. 

O especialista recorda que o inverno está apenas começando e,
neste período, as famílias ligam aquecedores e o chuveiro na
temperatura mais alta. Por isso, afirma, “a redução vem em boa
hora” em função do clima. “Nós vamos consumir mais e, de
repente, este ganho não seja auferido de imediato. Mas, a médio
prazo, em dois ou três meses, haverá um ganho pela queda no consumo
de energia”, afirma. 

Custo no boleto

A redução na tarifa da Copel chega próxima ao momento em que a
bandeira tarifária volta ao verde. O sistema foi adotado em momentos
de escassez hídrica como forma de custear o funcionamento das
termelétricas, que têm custos de produção maiores que as
hidrelétricas. A bandeira vermelha estava em vigência desde o ano
passado. 

A ambulante Laura Dalcolli, por exemplo, diz ter percebido a conta
de luz saltar de uma média de R$ 90 há um ano e meio para até R$
300 no início deste ano – foi um período em que a casa recebeu
duas pessoas a mais, admite. 

Em média, os boletos da casa em que mora com o marido, a filha e
a neta bebê chegam a R$ 150. Ela diz que o consumo é concentrado no
chuveiro, lavadora de roupas, TV e geladeira. “Nem utilizo ferro
de passar, dou preferência para tecidos que não amassam”,
conta. Para ela, a revisão para baixo fará diferença, mas não
deve chegar no patamar de antigamente. 

Na casa da esteticista Kemile Tamires Alves, o aumento foi
semelhante. Ela diz que não tem eletrodomésticos que consumam muita
energia elétrica e ressalta que quase todos trabalham o dia todo.
“[O desconto] É significativo, mas será apenas parcial em
comparação com o que pagava antes”, compara. 

A dona de casa Maria de Fátima Flausino faz o acompanhamento
mensal dos relógios de água e luz mensalmente com o auxílio de um
irmão para tentar não extrapolar as despesas do mês. “Quando
vemos que gastamos muito, tento reduzir no uso da lavadora de roupas,
banhos mais rápidos e no carregamento dos celulares”, diz ela,
que é cética em relação à queda na cobrança. 

Controlar o gasto acompanhando o relógio de consumo não é tão
eficiente, afirma Maicon Putti, que sugere medidas mais efetivas de
mudança de hábito. “Precisa diminuir a duração do banho,
apagar as luzes. Estamos em época de contenção de despesas. Ou [a
pessoa] se conscientiza pelo amor, ou pela dor”, afirma.  


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