Qualquer pessoa com um celular tem, hoje, uma infinidade de lojas constantemente abertas no bolso. Enquanto isso, o comércio de Londrina baixa obrigatoriamente as portas às 18 horas. Ou seja, os hábitos dos consumidores mudaram, e não foram acompanhados pelo horário de funcionamento das lojas de rua.
Enquanto o comprador está ligado na tecnologia do século XXI, nosso comércio de rua vive uma rotina compatível com o século XX. O horário não faz mais sentido. Envelheceu.
Para recuperar a sintonia com o público, é preciso flexibilizar o horário. Ninguém melhor do que o dono para definir quando sua empresa deve funcionar.
A gente vem lutando pela flexibilização. É um passo fundamental para revitalizar o centro, por exemplo. Basta observar o movimento das ruas: após o fechamento do comércio, há um volume intenso de carros. E o centro se esvazia. Todo mundo vai embora ou se tranca nos apartamentos.
A flexibilização proporciona horários mais atraentes e confortáveis. E as lojas podem oferecer uma experiência de compra única, em um ambiente de relaxamento, ligado ao entretenimento, ao passeio, à gastronomia, ao convívio com a família, ao ambiente urbano. A campanha do Londrinatal nos mostrou que é possível.
Por isso, a mudança no Código de Posturas, permitindo que comerciantes, industriais e prestadores de serviço solicitem alvará para estender seu horário de funcionamento, em ocasiões especiais, sem anuência dos sindicatos de empregados, mas seguindo a convenção coletiva, é um avanço.
Mas ainda é pouco. O empresário precisa de liberdade para definir seu horário de funcionamento. Pode, inclusive, decidir pelo horário tradicional, se for conveniente para a empresa. O importante é que a realidade do negócio seja compatível com a dos consumidores.
O engessamento do horário do comércio é inconcebível para uma metrópole que avança rapidamente em tecnologia e inovação. O comércio de rua não merece ficar preso ao passado. Queremos a flexibilização!
Fernando Moraes
Frase da semana:
“Equilibrar o orçamento é como ir para o céu. Todos querem ir, mas ninguém quer fazer o que tem de ser feito para chegar lá” – Phil Graham, político americano.
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