A Câmara Municipal de Londrina aprovou, em segunda votação, no finalzinho de 2019, a retirada do status de Área de Preservação Permanente do Bosque Central. Enviado pela Prefeitura, o projeto torna o local um “jardim bosque”, liberando a manutenção.
De agora em diante, o Bosque poderá ser tratado de forma parecida com uma praça, permitindo a recuperação da área de lazer. A rua não será reaberta, pois a proibição de vias públicas continua.
Como Área de Preservação Permanente, o Bosque estava engessado. Não havia como fazer nem a manutenção, nem as reformas necessárias. O espaço ficou abandonado, gerando mau cheiro, quedas de galhos e árvores, infestado pelos pombos. Na semana passada, uma senhora foi atacada por um macaco. Basta passar ali perto para ver a degradação. A intenção de preservar virou uma armadilha.
Todo espaço público gera insegurança ao ser abandonado. Os problemas do Bosque se espalharam pela vizinhança. O coração de Londrina adoeceu.
Não há como revitalizar o centro da cidade sem arrumar o Bosque. Não adianta reformar a Biblioteca, pintar as calçadas, trocar a iluminação e reforçar a segurança, se o espaço verde continuar deteriorado.
A gente espera, agora, que o Bosque volte a ser uma referência para a qualidade de vida do londrinense. Um lugar para passear com a família, exercitar-se na academia ao ar livre, caminhar no Zerinho, bater papo debaixo de uma boa sombra, jogar bola na quadra de esportes. Ali tem tudo para ser uma atração turística que valoriza a cidade. Para isso, precisa ser cuidado.
Porque o Bosque é também nossa memória. Foi o local reservado pela Companhia de Terras Norte do Paraná para mostrar aos compradores de lotes a fertilidade da terra vermelha, durante a colonização de Londrina. Mostra nossa capacidade de transformação e desenvolvimento. Partimos da mata para construir uma metrópole que precisa seguir adiante, atraindo investimentos e movimentando a economia, rumo a um futuro cada vez melhor.
Até a semana que vem!
Fernando Moraes
Frase da semana:
“A vitória tem muitos pais; a derrota é órfã.” – John F. Kennedy (1917-1963), ex-presidente dos Estados Unidos.
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