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Cooperativas prevêem exportar 20% aos árabes

 

O bom desempenho dos países árabes como importadores levou a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) a estimar que até o final do ano eles sejam destino de 20% de tudo o que as cooperativas embarcarem para o exterior.

 

Hoje o mercado árabe compra 16,3% do total exportado por essas empresas. Até o ano passado, compravam apenas 13,8%. “Ganhamos 3% desse mercado num período de retração geral do agronegócio no comércio mundial. Por isso acreditamos ser perfeitamente possível atingir a meta”, diz Marcos Mattos, assessor técnico da gerência de mercados da OCB.

 

No primeiro trimestre de 2009, as cooperativas brasileiras exportaram US$ 108 milhões para os países árabes, contra os US$ 105 milhões de janeiro a março de 2008, crescimento de 2,51%. Os dados são de um estudo de mercado da OCB divulgado a cada três meses.

 

De acordo com o estudo, São Paulo responde por 71,5% do total exportado pelas cooperativas brasileiras. De janeiro a março de 2009, o estado exportou US$ 77 milhões ao mundo árabe. O principal destino foi a Arábia Saudita, que importou US$ 58,5 milhões nos primeiros três meses de 2009, contra US$ 21,8 milhões no mesmo período de 2008, um crescimento de 168%.

 

Em volume o crescimento foi menor, de 125,5%, porém não menos significativo. Passou de 84,75 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2008 para 191 milhões de toneladas no mesmo período deste ano. O principal produto exportado pelas cooperativas paulistas aos sauditas foi o açúcar. Sucos, carnes e aves aparecem na pauta, mas com participação de apenas US$ 177 mil.

 

O bloco todo registrou crescimento. O aumento de consumo e da renda interna foram responsáveis pelo crescimento. Mesmo com a crise o mercado árabe acabou se consolidando com novas e crescentes participações na pauta das exportações das cooperativas”, afirma Mattos. “Os países da Liga Árabe são grandes consumidores de carnes de aves e bovinos”, acrescenta.

 

Os embarques de açúcar das cooperativas brasileiras para os países da Liga Árabe registraram crescimento de 129% no primeiro trimestre de 2009. Saltaram de US$ 37,3 milhões registrados no ano passado para US$ 85,3 milhões neste ano. Em volume o crescimento foi de 86,4%. Foram exportadas 272 milhões de toneladas, contra 146 milhões de toneladas no ano passado.

 

As exportações para os Emirados Árabes, segundo maior mercado das cooperativas brasileiras na região, cresceram 232%, de US$ 7,33 milhões em 2008 para US$ 24,3 milhões em 2009. Os açúcares foram responsáveis por US$ 20,3 milhões.

 

Já produtos como carne de frango, que chegaram a US$ 7,3 milhões em exportações no primeiro trimestre de 2008, tiveram queda de US$ 3 milhões no mesmo período em 2009. Percentualmente a retração foi de 58,5%.

 

Em terceiro lugar ficou a Argélia, que importou US$ 8,5 milhões das cooperativas, a maior parte em leite integral em pó. Apesar da boa colocação, o país registrou queda de 62% em relação ao mesmo período do ano passado, quando importou US$ 14,4 milhões em trigo. “Esse ano ainda não exportamos trigo para a Argélia. É uma cultura instável e nessa safra tivemos problemas com falta de oferta para exportar”, explicou Mattos. Segundo ele, os três maiores importadores árabes representam 85% das exportações das cooperativas brasileiras para a região.

 

Em 2008, as cooperativas de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul exportaram US$ 103,45 milhões e respondem por 96% do total exportado pelas cooperativas brasileiras ao mundo árabe.

 

A expectativa geral das cooperativas é manter os valores alcançados em 2008, ou seja, um total de US$ 4 bilhões [em exportações totais]. Quanto aos produtos, espera-se manutenção do ritmo forte registrado pela soja, seguida pelo açúcar, também com recuperação das carnes”, disse Mattos.


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