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Dica Empresarial: A importância do tempo para suas metas

Fonte: Gysele Rogo – Revista Mercado em Foco/ACIL

Atualmente, falar em tempo é algo bastante difícil e perturbador, quando não achamos tempo nem para pensar em nosso tempo. Todo ano, sagradamente, fazemos um balanço de nossas entregas, se, de fato, conseguimos concretizar nossos anseios e desejos que tanto mentalizamos alcançar. Promessas que farão deste novo ano, um ciclo promissor e diferente de todos que já se passaram…

E então, nos damos conta de que mais um ano se foi e, infelizmente, algumas metas não foram consumadas. Que não emagrecemos os quilos que ganhamos para recuperar a saúde, ou não passamos mais tempo com nossos filhos e pais como gostaríamos, para recuperar aquele tempo que não pudemos participar junto deles… Assim, não conseguimos nos dedicar ao estudo que teria importante reflexo em nossa carreira.

Em algum momento que paramos ao findar a loucura do final de ano, racionalizamos, e chegamos à conclusão de que a culpa definitivamente foi do tempo…

Se olharmos o tempo como um “recurso”, um meio pelo qual atingimos objetivos, em paralelo a outros “recursos” como dinheiro, suprimentos, equipamentos, o tempo é o “bem” mais valioso. Em razão de sua condição irrevogável, ou seja, não-renovável, se o gastamos mal ou simplesmente o desperdiçamos, será para sempre.

Então, se não estamos pensando no tempo em função de tempo, estamos simplesmente “passando o tempo”? A reflexão essencial está em como gastamos o nosso precioso tempo.

Nesta perspectiva, o tempo passa de forma objetiva, a percepção deste tempo é o que nos parece ser relativo. Ao desconsiderar a “percepção”, uma hora ou um minuto tem sempre o mesmo intervalo de tempo. Logo, esse tempo não tem retorno, não podemos paralisar ou estocar o tempo, muito menos guardá-lo para depois. Os nossos dias transcorrem sempre em vinte e quatro horas e neste espaço de tempo nos dedicamos a tantas coisas simultaneamente, em “tempos” acelerados e otimizados pela tecnologia, que transbordam afazeres e obrigações, podemos crer que certamente estamos sendo roubado em nosso ativo mais escasso do momento, o tempo.

Poucos usam suas horas de maneira profícua, enquanto muitos apresentam a angústia em coordenar este recurso (tempo) tão restrito e precioso. Todos nós desperdiçamos tempo. Podemos desperdiçar tempo com atividades construtivas, que nos relaxam ou reduzam o estresse, ou com ‘tarefas’ inúteis, sem reflexo algum em nossas vidas, e até mesmo quando caímos na armadilha da procrastinação.

A constatação que se faz de maneira inquietante é que o tempo parece não ser mais suficiente, temos que gerir o trabalho, as necessidades fisiológicas (sono, fome etc.), o lazer, a família, a saúde, o nosso desenvolvimento, relaxar com amigos, descansar. Enfim, a busca pelo sucesso pessoal e profissional, as exigências do mercado de trabalho, a pressão por resultados, os estudos contínuos, ou seja, esse moto-contínuo parece consumir toda a energia e motivação, deixando-nos sem saber quais são nossas prioridades.

Nossa vida, como podemos perceber, possui várias dimensões, ou podemos dizer que é multidimensional. Dos papéis que cumprimos, o profissional seria um instrumento para realizações dos outros projetos de vida pessoal, portanto, se faz fundamental a busca de um equilíbrio. Então, como gerir o tempo e resolver as demandas da rotina e ainda ser capaz de ser feliz? O alcance deste equilíbrio requer um tempo de dedicação diário para avaliação das prioridades.

A última reflexão a que me proponho está na mitologia grega. Cronos é considerado o mais novo dos seis poderosos Titãs, o “pai do tempo”, tirano e cruel. A atribuição ao “tempo dos homens”, ou seja, Cronos ou Chronos, é a definição do tempo cronológico e físico, como os anos, os meses, os dias, as horas, os minutos, os segundos. Kairós, o oposto de Cronos, expressava uma ideia considerada não linear, subjetiva ou metafórica do tempo, experiência atemporal, a ocasião certa, o tempo “Divino” que a vida conspira, instante que o vento traz. Kairós é um momento oportuno único, presente dentro do espaço de um tempo físico. Quantos momentos Kairós deixamos de viver, por estarmos aturdidos e presos ao tempo Cronos…

Planejar é ganhar tempo e qualidade de vida. Propósito é a direção que desejamos imprimir à nossa vida na percepção do tempo, como nosso aliado e oportuno tempo… como agora!

Gysele Rogo é consultora e palestrante em Desenvolvimento e Gestão de Pessoas.


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