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Exportação para mercados tradicionais tem aumento em maio

 

O aumento das exportações brasileiras para mercados tradicionais em maio de 2009, na comparação com abril deste ano, pode significar o início de uma recuperação do comércio exterior brasileiro, segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral. Na entrevista coletiva da balança comercial de maio, nesta segunda-feira (1º/6), em Brasília, ele apresentou os maiores índices de crescimento do período.

 

Por bloco econômico, foram Europa Oriental (15,5%), Oriente Médio (9,9%), América Latina e Caribe (7,2%), União Européia (6,8%) e Mercosul (4,7%). Por países, os maiores aumentos nas exportações ficaram com Áustria (500%), Emirados Árabes (127%), Portugal (113%), Ucrânia (100%) e Marrocos (64%).

 

Esses crescimentos seguraram as exportações em maio, que foram de US$ 11,9 bilhões (média diária de US$ 599 milhões), queda de 2,7% em relação a abril último (US$ 12,3 bilhões) e de 37,9% na comparação com maio do ano passado (US$ 19,3 bilhões), pelo critério da média diária.

 

As importações de maio, por sua vez, totalizaram US$ 9,3 bilhões (média diária de US$ 466 milhões), apresentando crescimento de 8,4% sobre abril deste ano (US$ 8,6 bilhões) e retração de 38,7% sobre o mesmo período de 2008 (US$ 15,2 bilhões). A corrente de comércio do período alcançou US$ 21,3 bilhões (média diária de US$ 1 bilhão). Em relação a abril de 2009 (US$ 20,9 bilhões) foi registrado crescimento de 1,9%, mas houve redução de 38,3% sobre igual período do ano anterior (US$ 34,5 bilhões).

 

O superávit comercial nos 20 dias úteis de maio foi de US$ 2,6 bilhões, com média diária de US$ 132 milhões. O resultado é 28,6% menor que o de abril deste ano (US$ 3,7 bilhões) e 34,9% abaixo que o de maio de 2008 (US$ 4 bilhões).

 

Segundo Barral, há discrepância entre os valores de maio de 2009 e do mesmo mês de 2008 em conseqüência da greve dos fiscais da Receita Federal em março e abril do ano passado. Nesses meses, caíram os registros de importação e exportação, que aumentaram em maio, quando a operação foi finalizada. “Se compararmos os cinco primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2008, teremos uma tendência mais realista do que na comparação entre maio deste ano e do ano passado”, explicou.

 

Exportação

 

Em maio de 2009, as três categorias de produtos registraram retração em relação à igual período do ano anterior: semimanufaturados (-45,1%), manufaturados (-36,8%) e básicos (-35,8%). Nos semimanufaturados, as maiores quedas ocorreram nas vendas de celulose (-69,1%), ferro fundido (-65,3%), semimanufaturados de ferro/aço (-56,3%), ferro-ligas (-55,7%) e couros e peles (-53,6%), dentre outros.

 

No grupo dos manufaturados, na comparação maio 2009/2008, dentre os principais itens que apresentaram retração estão: aviões (-49,3%), aparelhos transmissores/receptores (-45,9%), gasolina (-44,1%), autopeças (-43,6%) e etanol (-41,0%). Entre os produtos básicos, as maiores quedas ocorreram nas vendas de petróleo em bruto (-68,9%), minério de ferro (-47,1%), carne suína (-40,9%), carne bovina (-37,8%) e carne de frango (-34,6%), dentre outros.

 

Importação

 

No mês, a importação de todas as categorias de produtos apresentou retração em relação a maio de 2008: combustíveis e lubrificantes (-60,1%), matérias-primas e intermediários (-40,9%), bens de capital (-24,3%) e bens de consumo (-14,2%).

 

Por mercados fornecedores, houve redução nas compras dos principais blocos econômicos: Europa Oriental (-86,3%), Oriente Médio (-60,4%), África (-58,9%), Ásia (-39,4%), sendo que da China a redução foi de 33,8%; e Estados Unidos (-34,1%).

 

Minério de ferro

 

De janeiro a maio de 2009 as exportações brasileiras foram de US$ 55,4 bilhões (média diária de US$ 549 milhões), contra os US$ 72 bilhões do mesmo período de 2008 (média diária de US$ 706 milhões) – redução de 22,2% pelo critério do resultado médio diário. No período, houve queda nas vendas internacionais das três categorias de produtos: manufaturados (-30,5%), semimanufaturados (-27,7%) e básicos (-6,5%).

 

Segundo Barral, a queda de 42,7% na venda de minério de ferro em maio (na comparação com abril deste ano) influenciou o resultado negativo de 6,5% dos básicos, no acumulado do ano. “Houve uma redução no fluxo para a China. Além disso, existem negociações em curso que afetam o preço do produto”, destacou.

 

Nas importações, na comparação janeiro-maio 2009/208, houve redução da compra de combustíveis e lubrificantes (-48,7%), matérias-primas e intermediários (-31,2%), bens de capital (-10,4%) e bens de consumo (-4,4%).

 

O superávit do ano chega a US$ 9,3 bilhões, com média diária de US$ 92 milhões. Em valores, o resultado é 9,3% acima do registrado no mesmo período do ano passado (US$ 8,5 bilhões).

 

 

 

 

 


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