Fonte: Agência Brasil
As exportações e as importações brasileiras tiveram queda nos 130 dias úteis do ano, até a última sexta-feira (10), em relação ao mesmo período de 2008, que, até o dia 10 de julho, somou 132 úteis.
As vendas externas somaram somaram US$ 74,701 bilhões, montante 22,7% menor que o do período anterior e as importações, US$ 59,457 bilhões, com redução de 29,2%. Com o resultado, percebe-se uma tendência de queda maior nas importações que nas exportações, que se verificou em períodos anteriores.
Esse comportamento na corrente externa de comércio favorece o superávit (saldo entre exportações e importações) da balança comercial brasileira. Tanto que a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), contabiliza saldo de US$ 15,244 bilhões no acumulado do ano, com aumento de 18,8% sobre os US$ 12,831 bilhões de saldo, no mesmo período de 2008.
Houve redução acentuada das relações comerciais em todo o mundo, depois que a crise financeira internacional se intensificou, em setembro do ano passado. O maior corte de gastos foi verificado no comércio de produtos manufaturados, de maior valor agregado, como aviões, automóveis e autopeças.
Também houve menores gastos em produtos semimanufaturados como açúcar refinado, ferros-liga e laminados de aço, dentre outros.
As exportações brasileiras se concentram, principalmente em produtos básicos, como alimentos e minérios, e, justamente por esse motivo, o Brasil é um dos que têm tido resultados melhores no comércio internacional.
São produtos de necessidade imediata e sua comercialização teve queda menor que a de outras duas categorias de produtos. A vantagem comercial do país sobre a crise também se dá pelas boas safras agrícolas exportadas, por ter a maior produção mundial de carne e grandes jazidas minerais.
Pelo critério de média diária, as exportações, em oito dias úteis deste mês, caíram 33,2% na comparação com julho de 2008, e recuaram 13,8% em relação à média diária do mês anterior. Mas as importações caíram ainda mais (41,4%) quando se compara seu resultado com o do mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mesmo período de junho, a queda das importações foi menor que as exportações, 6,9%.
Nas duas primeiras semanas de julho, o Brasil vendeu 44,7% menos de semimanufaturados, com maiores quedas para a comercialização de ferro fundido, óleo de soja em bruto, ferros-liga celulose, couros e peles. Também vendeu 35,7% menos de manufaturados, com destaque para óleos combustíveis, motores e geradores, etanol, automóveis, autopeças, laminados planos e aparelhos transmissores e receptores.
Diferentemente de meses anteriores, em que os produtos básicos tiveram quedas reduzidas, de apenas um dígito, a retração nessas duas semanas de julho é de 25,2%, com reduções mais acentuadas nas vendas de minérios de cobre e ferro, petróleo em bruto, carne bovina, soja e café em grão.
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