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Fonte: Folha de Londrina

Brasília – O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de maio registrou a geração líquida de 131.557 empregos formais na economia, no quarto mês consecutivo de saldo positivo, após a forte queda do emprego registrada até janeiro. De acordo com os números divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, o saldo de maio é resultado de admissões que somaram 1.348.575 e demissões de 1.217.018. Nos cinco primeiros meses de 2009, houve a abertura de 180.011 postos de trabalho formais. Com esse saldo acumulado, o estoque de empregos da economia subiu 0,56% em relação a dezembro de 2008.

Todos os setores da economia pesquisados pelo Caged registraram saldo positivo em maio. A indústria registrou a abertura de 700 empregos formais no período, sendo o segundo mês consecutivo de saldo positivo. Mas ainda acumula perda de vagas entre janeiro e maio no total de 146.478. Em maio, o setor de agropecuária foi o que teve melhor desempenho, com saldo positivo de 52.927 vagas, seguido pelo setor de serviços (+44.029 empregos). Em seguida vem construção civil (+17.407 vagas). Já o comércio registrou saldo positivo de 14.606 empregos formais.

Os Estados do Sudeste, particularmente São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, além do Paraná e da Bahia apresentaram os melhores resultados líquidos de empregos formais.

O destaque de geração de postos de trabalho com carteira assinada na agricultura é devido ao bom desempenho de Estados onde há vários ciclos agrícolas em desenvolvimento desde abril.

Em razão desse comportamento sazonal da agricultura, o Caged registrou em maio a abertura de mais vagas de trabalho formal nas cidades do interior do País do que nas regiões metropolitanas. No interior, houve saldo líquido positivo de 79.218 empregos formais contra 34.202 postos no conjunto das regiões metropolitanas.

No Paraná, houve um crescimento de 0,54% no emprego formal em maio com a criação de 11.682 vagas. O desempenho do interior – que teve um aumento de 0,58% no índice foi melhor que da Região Metropolitana que registrou uma taxa positiva de 0,47%. No ano, o emprego Estado cresceu 1,61% com a criação de 34.547 vagas. Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 2,45% na geração de vagas o que resultou em 50.232 postos de trabalho.

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o resultado de maio é o pior saldo para este mês desde 1999. No entanto, foi o melhor mês na geração de empregos em 2009. No ano, esse foi o saldo mais negativo desde 2000. Em maio, os setores que mais geraram empregos foram construção civil (2.978 vagas), agricultura (1.663), comércio varejista (1.424), indústria de alimentação e bebidas (1.410), hotéis e restaurantes (1.120) e mecânica (731). O segmento que mais demitiu foi borracha, fumo e couros que fechou 433 postos de trabalho. Em maio, Curitiba foi a Capital que mais gerou empregos 0,47% (4.108 vagas) entre nove grandes regiões metropolitanas pesquisadas. No ano, a RMC também teve o melhor desempenho 0,89% com 7.682 vagas.

Isabel Sobral para Agência Estado.