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Mercado prevê mais inflação e recuo menor do PIB neste ano




Fonte: G1

 

Os analistas do mercado financeiro elevaram, na última semana, a sua estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado como referência no sistema de metas de inflação, deste ano e de 2010, ao mesmo tempo em que melhoraram a sua estimativa para o PIB de 2009, revelam informações divulgadas nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.

 

No caso do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão dos economistas melhorou e eles passaram a projetar uma contração de 0,34% para a economia brasileira neste ano. Na semana retrasada, a perspectiva era de uma queda maior para o PIB de 2009: de 0,50%. Os economistas já chegaram a prever, há algumas semanas, uma retração de 0,71% para a economia neste ano.

 

Se confirmada a previsão do mercado, será a primeira retração desde 1992, quando o PIB recuou 0,54%, de acordo com a série histórica disponibilizada pela autoridade monetária. Para 2010, entretanto, a expectativa do mercado para o crescimento do PIB permaneceu estável em 3,50%.

 

O Ministério da Fazenda mantém a meta de um crescimento de 1% para este ano. O Banco Central, por sua vez, projetou, no fim de junho, por meio do relatório de inflação, uma expansão de 0,8% para o PIB de 2009, enquanto a Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê uma contração de 0,4% para o PIB deste ano.

 

Inflação

 

Na última semana, a expectativa de inflação para este ano, tendo por base o IPCA, subiu de 4,42% para 4,50% e, para 2010, passou de 4,33% para 4,40%, informou o BC nesta segunda-feira (13).

 

No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de atingir metas pré-determinadas pelo governo, tendo como principal instrumento a taxa de juros. Quando julga que a inflação está em convergência com as metas, pode baixar os juros, mas quando vê pressões inflacionárias, opta por subí-los para conter a demanda por produtos e serviços.

 

Para 2009 e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo, de modo que pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que seja formalmente descumprida. A previsão do mercado financeiro para o IPCA para este ano, portanto, está exatamente em cima da meta de inflação.

 

Juros

 

Mesmo com a subida da expectativa de inflação deste ano e de 2010, o mercado financeiro manteve, na última semana, a sua aposta para o corte dos juros básicos da economia brasileira na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de julho em 0,5 ponto percentual. Com isso, a taxa Selic cairia dos atuais 9,25% para 8,75% ao ano.

 

Segundo a previsão do mercado financeiro, porém, este será o último corte de juros deste ano. A expectativa é que a taxa Selic feche 2009 justamente em 8,75% ao ano. Para o fim de 2010, porém, o mercado prevê os juros em 9,25% ao ano. Deste modo, prevê um aumento de 0,50 ponto percentual na taxa no decorrer do próximo ano.

 

Taxa de câmbio

 

Na semana passada, dado que foi divulgado nesta segunda-feira (13), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2009 subiu de R$ 1,99 para R$ 2 por dólar. Para o fim de 2010, porém, a previsão também ficou estável em R$ 2 por dólar na última semana.

 

Balança comercial

 

No caso da balança comercial brasileira, a projeção do mercado financeiro para o saldo (exportações menos importações) de 2009 permaneceu em US$ 22 bilhões na última semana.

 

Em 2008, a balança comercial teve superávit de US$ 24,7 bilhões, com forte queda de 38,2% frente ao ano de 2007, quando o resultado positivo somou US$ 40 bilhões. Para 2010, a previsão caiu de US$ 19,5 bilhões para US$ 19 bilhões de resultado positivo.

 

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado financeiro para o ingresso de 2009 permaneceu estável em US$ 25 bilhões na última semana. Para 2010, a projeção de entrada de investimentos no Brasil avançou de US$ 26 bilhões para US$ 26,3 bilhões.

 

Alexandro Martello para G1.

 

www.g1.com.br

 


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