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Na crise, empresários buscam mais empréstimos nas agências de fomento




Fonte: Agência Brasil

 

Rio de Janeiro – A diminuição do crédito na rede bancária privada, como consequência da crise financeira mundial, provocou um grande aumento na procura por recursos oferecidos pelas agências de fomento filiadas à Associação Brasileira de Instituições Financeiras de Desenvolvimento (Abde).

 

De acordo com o presidente da Abde, Pedro Falabella, em entrevista hoje (2) à Agência Brasil, os empresários descobriram que as agências de fomento de alguma maneira podem resolver a sua carência por recursos. “Os empresários descobriram que existem agências de fomento que, na maioria das vezes, estão prontas a socorrê-los neste momento de crise, sem tantas exigências, como acontece com os bancos comerciais”, disse.

 

Hoje, o Brasil tem 12 agências de fomento, além de 14 bancos públicos federais e estaduais. As agências foram criadas pelos estados a partir da última reforma do sistema financeiro, em 1997, como forma de compensar a privatização dos bancos estaduais.

 

Segundo ele, só a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) registrou 40% a mais de demanda de empresas, inclusive as de grande porte, que antes só buscavam crédito na rede bancária. “A maioria das nossas empresas chegava, no máximo a porte médio. Hoje, nós já estamos trabalhando com empresa quase de grande porte, como as de componentes”, disse.

 

Nos demais estados, de acordo com Falabella, as informações indicam que também houve aumento de procura por investimentos nas agências de fomento, principalmente no eixo Sul/Sudeste. “O Sul e Sudeste foram as [regiões] que mais tiveram demanda”, informou.

 

Para capitalizar as agências de fomento, o presidente da Abde revelou que está buscando uma aproximação mais estreita com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a exemplo do que já ocorreu com o Banco Central. “Com o Banco Central, nós sentamos à mesa, discutimos normas. Muitas sugestões nossas foram aceitas. Com o BNDES, nós estamos iniciando esse processo, porque as agências de fomento precisam ser capitalizadas”.

 

Falabella está entusiasmado com a ideia dos estados virem a criar com o governo federal um programa de desenvolvimento de agências de fomento. “Nenhuma das nossas 12 agências poderá dizer que vai prescindir desse programa do BNDES. É uma iniciativa louvável. O BNDES em pouco tempo percebeu que as agências de fomento poder ser seus parceiros, principalmente na busca de clientes que estão fora do processo, em especial as micro e pequenas empresas”, disse

 

A tese sobre a criação de um programa de desenvolvimento de agências de fomento foi defendida no último dia 19 de junho, no Rio de Janeiro, pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Mas não existe nada, ainda, em estudo, informou a instituição por meio da assessoria de imprensa. Porém, confirmou que o BNDES considera importante poder expandir a sua atuação pelo país, usando a capilaridade dos bancos públicos e das agências de fomento.

 

Alana Gandra para Agência Brasil.


www.agenciabrasil.gov.br

 


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