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Nível de desemprego cai em junho para 8,1%




Fonte: Folha de Londrina

 

Rio e Brasília – A indústria mostra sinais de que volta a contratar, ajudando nos números gerais de desemprego em junho, que caiu para 8,1% de 8,8% em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para o gerente da pesquisa mensal de emprego do instituto, Cimar Azeredo, essa queda simboliza o primeiro ponto de inflexão da taxa no ano. A queda na taxa resultou, sobretudo, do aumento na geração de empregos e da queda no número de desocupados de um mês para o outro. ””Foi o primeiro momento em que o mercado de trabalho começou a tomar fôlego após o início da crise””, afirmou Azeredo.

 

O resultado da taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou abaixo das estimativas dos analistas ouvidos pela reportagem, que variavam de 8,70% a 9,30%, com mediana de 8,85%. Em junho de 2008, a taxa era de 7,9%. O rendimento médio real dos trabalhadores registrou queda de 0,3% em junho ante maio e subiu 3% ante junho de 2008.

 

O número de ocupados nas seis principais regiões do País aumentou 0,8% em junho em relação a maio, com a geração de 164 mil vagas. Em junho, havia 21,148 milhões de ocupados nas seis regiões pesquisadas. Ainda nessa comparação, o número de desocupados (sem trabalho e procurando emprego) caiu 8,3%, para 1,867 milhão.

 

Na comparação com junho do ano passado, houve uma pequena queda (-0,1%) no número de ocupados, com perda de 23 mil vagas. O número de desocupados, por sua vez, aumentou 3,3% nessa mesma base de comparação. Segundo Azeredo, ””o mercado de trabalho sem dúvida mostrou um resultado favorável. Ainda não conseguimos nos equiparar aos avanços de 2008, o mercado não mostra o aquecimento do ano passado, mas mostrou recuperação em junho, deu uma arrancada no mês e agora resta aguardar os resultados dos próximos meses””, afirmou.

 

Um dos pontos de dúvida para os próximos meses, segundo Azeredo, está na população não economicamente ativa (sem trabalho e sem procurar emprego), que aumentou 0,6 por cento em junho ante maio, para um total de 105 mil pessoas. De acordo com ele, essa alta pode ter relação com uma espera das pessoas por resposta a uma providência tomada de procura por emprego, mas também pode ser um sinal de aumento do desalento, ou seja, desistência da procura por uma vaga.

 

Indústria

 

O setor industrial aumentou o número de trabalhadores em junho ante o mês anterior, mas continuou reduzindo postos em relação a igual período do ano passado. O total de ocupados na indústria subiu 1,7% em junho ante maio, com geração de 58 mil vagas de um mês para o outro.

 

Na comparação com junho de 2008, porém, houve uma queda de 5% no número de trabalhadores do setor, com perda de 183 mil vagas no período. Azeredo observou que, apesar dos cortes no emprego industrial em relação ao ano passado, prossegue o aumento no rendimento médio real do setor, que subiu 3,9% no primeiro semestre de 2009 ante igual período do ano passado. ””Os dados da renda no semestre mostram que as demissões na indústria estão ocorrendo no chão de fábrica””, avalia Azeredo.

 

Jacqueline Farid eIsabel Sobral para Agência Estado.

 

www.bonde.com.br/folhadelondrina

 


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