Notícias

|

Novo pacote mostra os limites da ação do governo na área fiscal

Os novos cortes de impostos anunciados ontem marcam uma nova fase no combate à crise: acabou o benefício sem sacrifício. Pela primeira vez desde a piora no cenário internacional, em outubro, as desonerações serão compensadas diretamente por aumentos de impostos.

 

Segundo estimativa da Receita Federal obtida pela Folha, o governo perderá, sem a conta de ontem, R$ 10,4 bilhões em 2009 para pagar as medidas anticíclicas e de estímulo a setores atingidos pela crise.

 

A maior parte dos benefícios foi concentrada em pessoas físicas. A criação das alíquotas de 7,5% e 22,5% do IR da pessoa física custará R$ 5,6 bilhões, e a redução no imposto cobrado sobre empréstimos, outros R$ 2,5 bilhões.

 

Desta vez, no entanto, foi preciso buscar uma fonte de recursos para compensar parte dos benefícios a montadoras, construtoras, fabricantes de celulose e até de brinquedos, entre outros. Os cigarros foram cuidadosamente escolhidos.

 

Já havia a intenção no governo de aumentar a tributação sobre cigarros. Junto com os bancos e bebidas, o tabaco forma a trinca dos setores que a nova administração da Receita Federal quer ver pagando mais impostos e mais fiscalizados.

 

Com a arrecadação caindo quase 10% no bimestre em relação a 2008, o anúncio de ontem trouxe o recado de que não há espaço para abrir mão de receitas sem reduzir ainda mais o rigor fiscal do governo para pagar os juros da dívida pública.

 

Fonte: Folha de S. Paulo


Compartilhe com o universo

Compartilhar Novo pacote mostra os limites da ação do governo na área fiscal no Facebook Compartilhar Novo pacote mostra os limites da ação do governo na área fiscal no Twitter Compartilhar Novo pacote mostra os limites da ação do governo na área fiscal no Linkedin

Deixe seu comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *