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Otimismo de industriais paranaenses é o mais alto em seis anos

Fonte: Folha de Londrina

O índice de otimismo dos industriais paranaenses para 2019 é o mais alto em seis anos, de acordo com Sondagem Industrial divulgada pela Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) nesta quarta-feira (12). 

As expectativas para o ano que vem são favoráveis para 81,17% dos empresários das cerca de 620 indústrias participantes da pesquisa, que é feita anualmente. 

O índice é o melhor desde a sondagem de 2013, que tinha expectativas favoráveis para 84% dos industriais. É o terceiro ano de alta depois do pior índice registrado nos 22 anos de pesquisa, em 2015, quando apenas 32,89% opinaram positivamente sobre o ano seguinte. A expectativa para 2018 era positiva para 63,57% do empresariado industrial paranaense, e 55,11% responderam de forma positivamente sobre 2017. 

O otimismo em alta veio acompanhado do menor percentual de industriais pessimistas de toda a série histórica desde 1996: 0,81%. 

Os resultados podem ser atribuídos à definição do quadro eleitoral e a sinais de retomada econômica no País, na avaliação do presidente da Fiep, Edson Campagnolo. "Estamos em lua de mel com o presidente (Jair Bolsonaro)", disse. 

Para Campagnolo, embora as expectativas se baseiem apenas em "pinceladas" acerca das intenções do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, há entre os industriais um "ânimo" comparável ao de uma torcida de futebol. 

"Por ser um governo com um viés liberal, isso talvez esteja transmitindo às grandes empresas que existe uma perspectiva boa para 2019", disse Campagnolo, que considerou sinais positivos a aprovação da proposta de reforma tributária pela comissão especial da Câmara dos Deputados nesta terça (leia mais nesta página), a extinção do Ministério do Trabalho e a fusão da pasta de Indústria, Comércio Exterior e Serviços ao superministério de Guedes. 
De acordo com a pesquisa, as reformas previdenciária e tributária são premissas para uma retomada "concreta e sustentada" da economia na percepção dos empresários, juntamente com a redução da burocracia e a eliminação de gargalos na infraestrutura, entre outros fatores. 

Entre os otimistas, 37,16% indicam que haverá aumento das vendas e 35,62% acreditam em novos investimentos em 2019. Apenas 27,23% creem em aumento do nível de emprego, mas ninguém aposta em redução de emprego – o que, para o economista da Fiep Roberto Zürcher, é um "ótimo sinal" de que o desemprego já chegou ao seu pior quadro. 

"Daqui para a frente, como este ano já tem mostrado, o emprego começa a se recuperar na indústria", disse. "Mas a recuperação de emprego vai ser lenta por dois motivos: um, porque o mercado está reagindo de forma lenta – ou seja, o crescimento da economia como um todo é lento; e outro, porque você começa a utilizar na indústria máquinas e equipamentos mais avançados, que precisam de menos pessoas", explicou. 

INVESTIMENTOS 
A sondagem mostrou que, entre os industriais que responderam que pretendem investir em 2019, 34,83% o farão em produtividade. 56,72% dos empresários investirão com recursos próprios em 2019. "Quando nós temos uma linha de produção na nossa empresa e percebemos que ela pode ser melhorada com um pequeno investimento, essas empresas de pequeno e médio porte – pela burocracia, pela dificuldade de acesso a financiamentos, por não terem linhas específicas para investimentos – acabam buscando essas soluções internas e reinvestindo seu capital", disse Campagnolo. 

A 620 empresas industriais participantes reúnem 75.700 funcionários. Entre as 435 empresas de micro e pequeno portes, as expectativas não são tão otimistas. O índice de 77,78%, contudo, é o mais alto da série iniciada em 2014. A expectativa é desfavorável para 1,42% dos micro e pequenos industriais paranaenses.

 


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