O porto de Paranaguá terá duas novas linhas a partir de junho. A Evergreen, que há cinco ano não movimentava carga com navios próprios no porto paranaense, inaugura no dia 17 o serviço ESA (East South America).
O seriço inclui quatro portos chineses, além dos portos de Cingapura, Montevidéu, Buenos Aires, Santos e agora Paranaguá. Outro serviço, que começa a operar no dia 16 é o Samex, do armador Maersk.
Ambos utilizarão o sistema de janelas públicas de atracação, implantado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) há dois anos. Com o sistema, as embarcações têm suas operações sistematizadas de forma a garantir, entre outros fatores, produtividade e assiduidade na movimentação de contêineres.
A Evergreen tem a maior parte de suas operações dedicadas ao Extremo Oriente, atendendo cerca de 30 portos em atividades específicas de transbordo. O serviço denominado ESA terá escala semanal com a movimentação de cerca de 350 contêineres, entre importação e exportação. A expectativa é que nove navios sejam disponibilizados para essas operações.
A dinamarquesa Maersk dará continuidade a uma rota já existente e que passará a contar com o Porto de Paranaguá a partir do próximo mês. A linha inclui portos da Europa, um porto do norte da África e os portos brasileiros de Paranaguá, Itajaí e Santos.
A empresa ainda não confirmou os volumes a serem movimentados, mas antecipou que o potencial de cargas entre os terminais será equivalente, com predominância para a exportação. Inicialmente, as operações serão quinzenais, mas há intenção de passar a atracações semanais assim que houver a retomada da economia mundial.
Soja – O Porto de Paranaguá divulgou ainda que foi responsável por cerca de 30% das exportações brasileiras de soja somente no primeiro quadrimestre deste ano. Das 8,5 milhões de toneladas enviadas ao mercado externo, 2,2 milhões de toneladas
saíram pelo terminal paranaense.
O volume embarcado no terminal paranaense é, ainda, 8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. O incremento é resultado da performance alcançada pelos terminais públicos e privados, que enviam o produto para países como a China e Holanda, principais mercados consumidores da soja brasileira embarcada por Paranaguá. Somente o silo público de grãos, por exemplo, já exportou mais de 400 mil toneladas de soja somente em abril de 2009.
A Companhia Brasileira de Logística (CBL) – uma das empresas que operam no terminal paranaense – deverá ter um aumento de 20% na exportação de soja em comparação ao ano passado. A expectativa é que, em 2009, a empresa embarque 1,8 milhão de toneladas do grão. Segundo informações da CBL, para alcançar esse volume, a empresa investiu em dois novos silos graneleiros no Porto de Paranaguá. As novas estruturas ampliaram a capacidade estática de armazenagem da empresa, que passou a ser de 110 mil toneladas.
O aumento dos embarques de soja pelo terminal paranaense, entre janeiro e abril, segue uma tendência nacional de crescimento. As exportações brasileiras do produto, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, superaram em aproximadamente 30% o total verificado em idêntico período do ano passado, quando foram exportadas 3,3 milhões de toneladas.
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