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Pequenas empresas precisam aprender com as grandes




Fonte: Folha de Londrina Online

 

Crise não é desculpa para as empresas não terem um gerenciamento com foco na sustentabilidade econômica. Antônio de Loureiri Gil [



"O gerenciamento focado na sustentabilidade econômica garante a continuidade da empresa com ou sem crise"

], doutor e mestre em controladoria e contabilidade pela Universidade de São Paulo (USP) e professor titular da Universidade Federal do Paraná, defende que sem esta preocupação as empresas, independentemente do seu porte, colocam a sua continuidade em risco, com crise ou sem crise.

 

Professor de especialização do curso de controladoria da PUC PR-Londrina, Gil participou como palestrante da Semana de Contabilidade e Auditoria da PUC, em Londrina, evento voltado para profissionais e estudantes da área que aconteceu esta semana. Ele é autor de 15 livros publicados no Brasil e um em Portugal, além de ter artigos publicados em vários países, entre eles Estados Unidos, França, Espanha e Israel.

 

””Sustentabilidade é um conceito que pode ser resumido em não extinguir os recursos de hoje que vão ser úteis amanhã””, explica. Mas o conceito é muito mais amplo do que o já conhecido ””equilíbrio financeiro””. ””Não é uma questão de receita e despesa. Envolve planejamento, visão futura do negócio e estratégia; está intimamente ligado à inovação e, consequentemente ao desenvolvimento tecnológico””, complementa.

 

Ele lembra que no mundo dos negócios não existe a opção de deixar de crescer. Afirma que quem não investe em inovação, em melhorar os seus procedimentos perde espaço e compromete seriamente a sua permanência no mercado. Ter capital para tanto é indispensável. E o grande desafio de um bom gerenciamento está justamente em viabilizar o investimento necessário para aplicar em tecnologia. ””Conhecimento, equipamentos, e novos procedimentos, tudo pode ser considerado tecnologia””, esclarece o professor Gil.

 

Para o professor as micros e pequenas empresas, que representam mais de 80% do mercado no Brasil, podem ter um gerenciamento com foco na sustentabilidade econômica. ””É uma decisão que depende apenas de uma visão empresarial moderna. Os pequenos precisam entender que devem aprender com os grandes, observando os procedimentos e estratégias que eles adotam para enfrentar o mercado e adaptando as iniciativas à sua realidade.”” Gil acredita que o grande impedimento é a falta de formação dos micros e pequenos empresários para isto; um desafio que governos, entidades e organizações não governamentais deveriam assumir

 

A compra da Sadia pela Perdigão é um caso recente que evidencia uma gestão com foco na sustentabilidade econômica. ””Foi uma solução que as duas empresas encontraram para fazer mais e melhor com menos, ganhando espaço para investir em tecnologia. A continuidade das duas empresas foi garantida, e o grupo ganhou mais força para competir no mercado global.””, analisa Gil.

 

O enxugamento de determinados setores que se tornam obsoletos com a união é inevitável, diz. Mas o crescimento de outros setores, principalmente na área tecnológica, é consequência direta da força que o grupo reuniu. Gil argumenta que a sustentabilidade econômica é quem garante a aplicação da sustentabilidade social (gestão de Recursos Humanos e responsabilidade social) e a sustentabilidade ambiental. ””Sem recursos é impossível viabilizar um amanhã melhor””, comenta.

 

Quando se fala em sustentabilidade econômica, reforça, não há espaço para especulação, nem para ”achismos”. Um gerenciamento com este foco precisa estar respaldado por informações precisas e confiáveis de todos os setores da empresa, não se limitando aos números financeiros. ””É sempre possível fazer melhor ””, afirma o professor Gil.

 

Dentro desta visão de negócio a auditoria se torna um instrumento importantíssimo. Acompanhar e mensurar os resultados é imprescindível para aferir o sucesso das ações. Gil acrescenta que a auditoria precisa ser vista como um sistema de consultoria que tem como objetivos corrigir o que impede a otimização dos procedimentos e apontar propostas que melhorem o desempenho da empresa.

 

 


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