Fonte: Jornal do Brasil
A previsão para o crescimento da economia brasileira continua negativa, mas um pouco menos pessimista, de acordo com a maioria dos economistas consultados pelo Banco Central, na pesquisa semanal Focus divulgada ontem. Para os analistas, o Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país) deve cair 0,34% em 2009, não mais o 0,50% esperado na semana anterior.
As conclusões resultam da média das opiniões de quase 100 instituições e especialistas do mercado financeiro. Algumas delas, entretanto, já fecharam anos sem um único acerto nas previsões sobre a situação do país.
Indústria piora
Na média das opiniões ouvidas pelo BC, aponta queda maior da produção industrial: retração de 6%, ante 5,37% anteriormente. A estimativa para o dólar no fim deste ano oscilou de R$ 2 para R$ 1,99. Em relação à taxa de juros, foi mantida a estimativa de queda dos atuais 9,25% para 8,75% ao ano até dezembro. A previsão para os investimentos estrangeiros diretos ficou estável (US$ 25 bilhões).
A previsão para inflação em 2009 ficou menor nesta semana. A expectativa do mercado para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 1,35% para 0,95%. Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), houve recuo de 0,89% para 0,5%. Os dois indicadores servem de referência para o reajuste de contratos e preços administrados, entre eles, tarifas e aluguéis.
Com relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicador oficial de inflação, a previsão subiu de 4,42% para 4,5%.
Exportações
Embora tenha conseguido retomar o crescimento das exportações em junho, a balança comercial do agronegócio teve queda de 6,9% nas vendas do primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2008: nos seis primeiros meses do ano passado, o país exportara US$ 33,7 bilhões em produtos agropecuários, o resultado agora foi de US$ 31,4 bilhões.
As informações do Ministério da Agricultura mostram que as importações no período foram 9,6% inferiores, ficando em US$ 5,087 bilhões. A Ásia tomou o posto da União Europeia como principal destino da produção agropecuária nacional, partindo de uma participação de 23,7% no primeiro semestre de 2008 para 32,4% este ano. O bloco econômico europeu diminuiu sua participação de 34,3% para 29,7%.
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