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Startups de Londrina recebem investimento em plena pandemia

Fonte: Folha de Londrina

A pandemia do coronavírus causou uma crise econômica sem precedentes. O cenário preocupa as startups, que necessitam de investimento para fazer o negócio deslanchar. Mas parece que a pandemia não alterou o apetite dos investidores, que continuam interessados em negócios inovadores.

A Arbo, startup do setor imobiliário de Londrina, acabou de captar um investimento de diferentes fundos de investimento anjo e de uma venture capital – cujos nomes ainda não podem ser divulgados – que totaliza mais de R$ 1 milhão com equity pequeno. Segundo conta Marlon Pascoal, um dos sócios, a negociação começou no meio do ano passado, e se concretizou depois do início da pandemia.

O negócio londrinense, que automatiza e agiliza o atendimento de imobiliárias tradicionais, no entanto, já é maduro: conta com uma equipe de 30 pessoas, e expandiu para São Paulo, Curitiba, Santa Catarina, e Espírito Santo. Teve faturamento de R$ 200 mil em 2019, com meta de chegar aos R$ 400 mil esse ano.

Como o risco aumentou com a pandemia, os investidores estão mais seletivos, afirma Moacir Vieira Santos, sócio da Smart Value, grupo de investimento anjo de Londrina. “Dinheiro tem. Os investidores continuam muito dispostos a fazer investimentos. O que aumentou foi a régua de exigências”, salienta. 

Para Eduardo Ribeiro Bueno Netto, consultor do Sebrae/PR Regional Norte, o coronavírus aumentou o interesse por startups com soluções inovadoras para os problemas trazidos pela pandemia. Mas o apetite do investidor está direcionado a negócios mais consolidados. “Para o investidor de startups, existem novas oportunidades porque alguns segmentos estão se reinventando.O que acontece é que ele tem um apetite maior por startups que estão com um modelo de negócio inovador consolidado”, diz.

O caso do conglomerado japonês SoftBank, que teve prejuízo ao fazer investimento bilionário na companhia de escritórios compartilhados WeWork, acendeu o alerta. “Depois que a WeWork passou por dificuldades, o mundo dos investimentos passou a considerar muito mais as empresas com faturamento desde o princípio”, afirma Bueno Netto.

“De forma geral, o investidor no Brasil já era contrariado em apostar em um negócio que não existia ainda. Agora está muito mais voltado ao tradicional que propriamente na inovação que não existe, com promessa de cinco anos para dar retorno”, acrescenta Pascoal.

A tendência de investimento também está mais voltado ao software, capaz de apoiar esse momento de forte digitalização dos negócios, afirma Santos. E o dinheiro está orientado não só à área de saúde. “Quando falamos de soluções que ajudam nessa questão da pandemia, entra muito HealthTech, startups de saúde. Mas tem uma série de outras soluções que conversam com o momento, como de logística, que consegue atender o cliente de forma remota, equipamentos de proteção individual, soluções para home office. Aumenta muito o leque para as startups.”

Captação

Captar investimento, porém, não é uma tarefa fácil, conta o sócio da Arbo. “Foi batendo de porta em porta, tomando porta na cara que conseguimos. A jornada de levantar investimento é muito complexa, não pode chegar pedindo dinheiro. Tem que pedir mentoria, conselho, e quando o investidor percebe a oportunidade, ele quer entrar.” 

Startup de saúde recebe R$ 200 mil da Samsung

A pandemia fez com que os investidores voltassem o olhar para setores impactados pelo vírus. A Preveni, startup de saúde de Londrina, vai receber até R$ 250 mil, livres de equity, para investir no desenvolvimento e aprimoramento dos produtos e serviços. A startup foi uma das 14 selecionadas para a última etapa da edição de 2020 do programa de aceleração da Samsung, o Batch #5. 

O negócio ajuda a resolver o problema das lesões por pressão, também conhecidas como úlceras de decúbito ou escaras. A Preveni oferece uma plataforma que analisa o risco dos pacientes acamados e emite avisos indicativos, automatizados e parametrizados para auxiliar o trabalho dos hospitais e evitar essas lesões.

A startup é a única do Paraná a ser selecionada no programa da Samsung. Do total do investimento, 20% será destinado a um ICT (Instituto de Ciência e Tecnologia), onde a startup ficará incubada. O restante será aplicado à contratação de mão de obra especializada, afirma Bruno Rondem, um dos sócios da Preveni. “Para startups com ideias inovadoras tem bastante fomento”, ele comenta. “Algumas áreas estão bem aquecidas, como EaD, saúde, pessoal que está focando mais em aumentar a produtividade, trazer economia de custo.”


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