Por Francismar Lemes – Lidere 2018 – ACIL
O capital das empresas pode ser avaliado pelo seu quadro de talentos e tecnologia disponíveis. Diante dessa realidade, Martin Melcop, diretor da Tata Consultancy Services, multinacional, que desde janeiro opera em Londrina, instigou o público ao questioná-lo: “Qual será o novo Google?”
O case dos dois estudantes da Universidade de Stanford, o americano Larry Page, e o russo Sergey Brin, criadores do Google, foi citado por Melcop para mostrar “O impacto da Inteligência Artificial e das novas tecnologias na gestão das empresas”, tema de sua palestra no Palco Liderança.
Ele destacou que o perfil dos clientes mudou e as empresas não podem mais querer oferecer apenas serviços, mas precisam fazer isso com flexibilidade, rapidez, automação, entre outras coisas.
“As empresas que não tiverem isso, estarão fora do mercado. É preciso que criem valores exponenciais. O Google não é mais uma ferramenta de busca, mas diz aonde passei o dia, quais os locais que visitei, por exemplo. Hoje, o que o Google oferece não existia há 18 anos”, afirmou Melcop.
O diretor da Tata citou ainda as empresas telecom, que não restringem mais a oferta de serviços a um produto, mas vendem desde telefonia, TV a cabo e celular.
A fabricante de automóveis Tesla, fundada pelo bilionário Elon Musk, é outro exemplo desse novo mundo conectado.
“A Tesla oferece experiências aos usuários dos seus carros. Isso é muito importante. O próximo carro comprado por um cliente saberá como ele dirige. A sensação que terá é a de estar dirigindo o mesmo automóvel, graças à tecnologia embarcada. Um valor criado pela empresa para o usuário. Empresas que não conseguem gerar valor para os clientes, perdem mercado”, destacou.
Melcop sinalizou que a personalização e a criação de ecossistemas também são ferramentas importantes para os que querem ganhar posições no mercado.
“Não preciso ter uma equipe na minha empresa para criar inovações. Lanço o problema e uma startup encontrará a solução tecnológica. Essa é a importância de estimular ecossistemas. Isso acontece em Londrina”.
Para finalizar, o diretor da Tata falou sobre estar disposto a correr riscos se quiser ser competitivo e aproveitar os impactos positivos da tecnologia, AI, blockchain (cadeia de dados), entre outras.
“É mais fácil aprender com os riscos. Hoje, existem empresas que são criadas até para testar o mercado e, se não dão certo, se desmobilizam e partem para outra. As falhas não podem ser mais temidas”, conclui Melcop.
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