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Uma empresária que rompe todas as fronteiras

Por Fernanda Bressan – Revista Mercado em Foco – ACIL

 

A fascinação pelo universo empresarial começou cedo na vida de Karina Turbay Schnaid. Hoje diretora de Comércio Internacional da ACIL, ela já se imaginava como uma executiva ainda nas brincadeiras de infância onde o mundo e as empresas sempre foram um caminho a ser explorado.

“Sempre tive uma ligação com a área de comércio exterior, meus estágios na faculdade eram na área, meu primeiro emprego foi em uma escola internacional. Deixava a oportunidade de ter um salário maior para ter a oportunidade de trabalhar no comércio exterior. Aliás, sempre achei bonito se vestir como executiva, gosto de reuniões, de falar em público, isso desde criança, as minhas brincadeiras eram de escritório e eu me imaginava nesse mundo”, recorda.

As brincadeiras viraram coisa séria, uma trajetória que não poderia ter sido diferente. Karina se formou em Comércio Exterior em Curitiba e a vida a trouxe para Londrina. “Me formei no ano de 2000 e vim para Londrina acompanhar o meu marido, que era namorado na época. Cheguei aqui e montei a TEPComex Assessoria e Consultoria em Comércio Exterior. Tive ajuda da família no início para montar o escritório, não conhecia ninguém na cidade. Neste formato de serviço de assessoria e desembaraço para empresas que querem importar e/ou exportar fomos pioneiros na cidade. Não tinha nenhum parente aqui, vim me aventurar. Disse para minha mãe à época que se não desse certo, do mesmo jeito que eu tinha vindo eu voltaria. Essa minha maneira leve de executar as coisas ajuda a desenvolver melhor o que você vai fazer, eu sou assim em tudo na vida”, conta.

Desde o início, foram muitos os desafios na área do comércio exterior, o que sempre foi motivador para a empresária, que nasceu em Umuarama, passou a infância e parte da adolescência em Cianorte, fez faculdade em Curitiba e fincou estacas em Londrina, onde casou e teve os filhos Guilherme e Sophia. Um dos grandes desafios, que segue até hoje, é fazer com que todos os empresários da cidade tenham ao menos conhecimento do mercado global, algo que para ela é fundamental. “Não precisa estar inserido nele, mas conhecer esse mercado. E hoje, com a comunicação mais fácil, este é um campo a se trabalhar. Há muitos desafios, temos que fazer missões, rodadas de negócios para pequenos e médios empresários. O comércio exterior já é realidade para as multinacionais e precisamos desmistificar que isso é só para os grandes, tem mercado para todos”, garante Karina.

Associativismo

É com este foco – e entusiasmo – que ela aceitou o convite para ingressar na chapa do presidente da ACIL, Fernando de Moraes. “A ACIL foi um presente. Entrar na diretoria me deu um fôlego novo de poder fazer mais e atingir mais empresas com este trabalho, incluindo as empresas de varejo, para colocar Londrina na rota do comércio internacional, torná-la um polo de importação e exportação”, resume Karina.

Para quem pensa que importação é só para insumos e maquinários e que exportação é só para as indústrias, ela declara: é para todos e para tudo. “O setor de importação teve um aumento nos últimos anos, um pouco por conta da crise, com a busca por um custo benefício melhor e, com isso, as empresas foram descobrindo que a importação pode beneficiar a empresa, eles descobriram outros mercados, a importação parou de ser vista só como compra de maquinário e matéria-prima, mas também um meio de aumentar o mix de produtos e se diferenciar no mercado interno. Este pensamento de que só a indústria pode exportar é outro equívoco, a loja de varejo de rua também exporta e ela não é a produtora do que exporta”, destaca.

Dentre as vantagens de extrapolar as fronteiras brasileiras está a abertura de novas oportunidades de negócio, a possibilidade de explorar novos mercados, buscar novos produtos e até melhorar os processos internos e os produtos desenvolvidos aqui. “Com conhecimento global o empresário percebe que não é difícil, trata-se de desbravar um mercado diferente e ele traz reconhecimento e conhecimento internacional que possibilitam melhorar a gestão, os processos, os produtos, além de não ficar refém do mercado interno”, ressalta Karina.

Primeiro passo

Ela diz ainda que a parte burocrática do comércio exterior é a mesma para qualquer país, o que torna o processo mais simples depois que se dá o primeiro passo. “O que vai mudar é a característica de um produto, de uma embalagem, eventualmente de um certificado que aquele país possa exigir, mas a parte burocrática e a nomenclatura dos produtos internacionais são os mesmos no mundo inteiro, é o RG do produto em qualquer lugar”, afirma.

É com esse olhar focado e apaixonado pelo comércio exterior que ela quer desenvolver Londrina. “A cidade é um polo rico para o comércio exterior. Toda essa minha bagagem de 18 anos atuando na área eu estou conseguindo aplicar na entidade pensando no que a gente pode fazer para dar resultado. Isso é motivador”, diz com brilho nos olhos.

Quem a conhece sabe que o assunto é realmente uma paixão e que cada trabalho traz novas experiências. “Posso dizer que todas as viagens a trabalho que eu fiz me trouxeram muita experiência cultural e profissional que vou levar para o resto da vida. Já fui a 13 países e cada vez que volto venho com outra visão de mercado, de cultura, de comportamento diferente. Em lugares como a África, em que nós somos os diferentes, temos a oportunidade de criar um respeito diferente pelo outro, se sentir diferente promove isso”, diz.

Sobre a expectativa com a atuação na entidade, ela resume: “Tem muita coisa pra fazer e o meu maior desafio é ao menos plantar a semente em Londrina para entrar na rota do comércio internacional, fazer isso oficialmente por estar hoje na diretoria da ACIL”, finaliza.


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