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Uma viagem ao centro dos bons negócios

Fonte: Revista Mercado em Foco – ACIL – Por Amanda de Santa

Um grupo de mulheres empresárias de Londrina deixou os afazeres e responsabilidades da função de gestoras do próprio negócio por uns dias para ver de perto o modelo e cultura organizacional de empresas reconhecidas nacionalmente como referências no segmento em que atuam. As visitas técnicas foram planejadas pelo Conselho da Mulher Empresária (CME) da ACIL e realizadas em Londrina e Curitiba.

A presidente do CME, Marisol Chiesa, explica que o projeto ‘Visita Técnica – Intercâmbio de Conhecimento” surgiu a partir de um desejo das próprias empresárias de sair da rotina e conhecer as práticas de outras companhias. “Existe uma troca muito grande. Ao mesmo tempo em que recebemos muita informação, temos a oportunidade de falar do nosso negócio, contribuir também”, conta. O objetivo do projeto é disseminar conhecimento.

Marisol conta que a primeira visita ocorreu na empresa londrinense Vita Nativa, que trabalha com alimentos processados e integra o grupo Dela Foods. As mulheres acompanharam a rotina administrativa e o passo a passo da cadeia produtiva, que inclui as etapas da higienização, processamento, embalagem e distribuição dos produtos. Ao todo, 25 empresárias participaram do tour.

A gerente de estratégia da Vita Nativa, Pamela Manfrin, diz que uma das premissas da empresa é receber a visita de empresários e estudantes. “Todos aprendem juntos”, garante. Segundo ela, a Vita Nativa possui um perfil inovador e visitar ou receber parceiros para interface de conhecimento é fundamental. “As empresas precisam se reinventar. A eficiência na gestão é uma obrigação para os negócios que querem se manter no mercado”, opina.

Na avaliação de Pamela, os dois lados ganham com ações como as visitas técnicas. Ambos aprendem, ensinam e compartilham experiências. Além disso, há a oportunidade de fazer novos contatos, criar relacionamentos. A gerente da Vita Nativa aponta que, quando uma companhia abre as portas para mostrar práticas de gestão, passa ainda mais credibilidade ao mercado. Ela classifica como essencial a interação com os empresários locais. “Essa comunicação contribui para o desenvolvimento da nossa cidade”, justifica.

A segunda visita ocorreu na fábrica do Grupo Boticário, empresa paranaense dona da maior rede de franquias de beleza do mundo. A história do grupo, que hoje é dono de quatro marcas de cosméticos e emprega aproximadamente 7 mil colaboradores, começou em uma pequena farmácia de manipulação em 1977. “Pudemos conhecer melhor a história da empresa e aprender como identificar e aproveitar oportunidades”, descreve Marisol Chiesa.

De acordo com a presidente do CME, a receptividade das empresas surpreendeu. “O acolhimento foi fantástico. O grupo de mulheres empresárias da ACIL é diferenciado, muito participativo. Tivemos um feedback muito positivo das empresas em relação à nossa visita”, afirma. E este foi só o início. Ela adianta que, para 2018, já estão programadas três visitas técnicas. A concorrência é grande e as vagas são limitadas: quem chega primeiro garante o lugar. O maior benefício, segundo Marisol, é conhecer detalhes de modelos testados e aprovados na prática.

Encantamento e vontade de crescer

A empresária Vânia Melo Brandão, proprietária da Lip Laser Depilação a Laser e Estética, conta que passou a frequentar as reuniões do CME este ano e participou da vista ao Grupo Boticário. Para ela, o projeto de visitas técnicas proporciona não só a troca de experiências com a empresa visitada, mas também com as próprias integrantes do grupo. “A gente acaba conhecendo melhor o negócio uma da outra e o que cada uma pode melhorar”, aponta.

Para Vânia, que há 10 anos está à frente da Lip Laser, o que mais marcou durante a visita foi a mensagem de perseverança. “Dedicar-se, acreditar e fazer o melhor possível”, completa. A empresária acrescenta ainda que força e dinamismo estão presentes na maioria das histórias de empreendedores de sucesso. Segundo ela, a visita levantou muitas discussões que não ocorreriam naturalmente em uma reunião comum. “Isso eu achei maravilhoso, acrescentou muito.”

A proprietária da Roleman Rolamentos, Eliane Oliva, participou das duas visitas promovidas pelo CME. Ela diz que muitas das práticas aplicadas nas duas empresas podem ser levadas para o próprio negócio, desde a logística, até o comercial e marketing. “Fiquei encantada em observar o funcionamento de tudo tão de perto”, conta.

Para ela, as visitas oferecem um tipo de conhecimento que não se consegue em um curso ou uma palestra convencionais, por exemplo. “A gente sai do nosso mundo e amplia o campo de visão”, afirma. O fato de ir em grupo, segundo a empresária, é ainda mais interessante porque todos têm a chance de compartilhar aquilo que aprenderam e discutir como podem colocar em prática em seus negócios.

“Saímos das visitas com muita energia positiva e vontade de crescer”, descreve a proprietária da Rotta Frio Refrigeração, Jaqueline Mecchi Brito. Para ela, o intercâmbio só a incentivou a melhorar o trabalho que desenvolve na própria empresa. Na prática, as principais lições que ficaram foram a importância do trabalho em equipe e da construção de bons relacionamentos.

Para Jaqueline, outro aprendizado importante foi entender como os negócios, que começaram pequenos, de degrau em degrau, chegaram ao patamar em que estão hoje. “As visitas técnicas são sensacionais, nos dão mais combustível para seguir em frente e evoluir”, avalia. Apesar de atuar num ramo completamente diferente daquele das empresas visitadas, a empresária lembra: “Não tenho que buscar conhecimento só naquilo que é ligado ao meu negócio, mas em tudo o que dá certo”.

Trajetória semelhante

A dona da Rainha dos Perfumes, Simone de Lima Prado, diz ter se identificado com a história da empresa de cosméticos e que a visita a fez sonhar ainda mais alto. A empresa, criada há 20 anos pelo pai, começou pequena, no quintal de casa, assim como a do Grupo Boticário. “Eles são uma referência pra mim”, atesta. Para Simone, o uso de equipamentos modernos e o tratamento cuidadoso dispensado aos funcionários marcaram o tour.

“Inspirou-me a crescer, melhorar, respeitar os colaboradores e clientes”, conta. A empresária diz que a grande vantagem das visitas técnicas é conhecer a cultura organizacional e ver a estrutura e como as coisas funcionam de perto. “Fomos muito bem recebidas, tudo o que questionamos foi respondido”, elogia. Segundo Simone, que também esteve na Vita Nativa, toda empresa tem algo a acrescentar, independente da área de atuação. A interação com o grupo de mulheres empresárias é um benefício à parte. “Uma apoia a outra no seu negócio”, revela.

As integrantes do Conselho da Mulher Empresária da ACIL reúnem-se uma vez por mês na sede da entidade para discutir desafios e soluções para os negócios que administram. O CME é voltado para o desenvolvimento da mulher empresária e existe desde 1984. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: cme@acil.com.br.


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