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ACIL fecha parceria com o Conecta Londrina para ajudar empresários londrinenses

Fonte: Assessoria ACIL

Estudante do terceiro colegial, Luiz Guilherme Fischer Abudi resolveu montar um site para ajudar micro e pequenos empresários londrinenses a sobreviver durante a crise provocada pela pandemia. Sem recursos para investir, apostou em uma plataforma para troca de experiências. Dessa forma, empresários, consultores e outros profissionais oferecem mentorias para quem precisa. Tudo é feito de forma gratuita, dentro do espírito solidário.

Chamado de Conecta Londrina (www.conectalondrina.com.br), o projeto conquistou o apoio da ACIL. A parceria busca fortalecer ainda mais a iniciativa baseada em ajudar o próximo. 

Luiz Guilherme explicou o projeto em detalhes nesta segunda (29), durante live transmitida pelo Instagram da ACIL (@acillondrina). Os interessados em participar como mentor ou mentorado podem se inscrever no site ou entrar em contato com a ACIL pelo telefone (43) 3374-3000. Confira a íntegra da conversa:

ACIL – Gostaria que você se apresentasse.

Luiz Guilherme Fischer Abudi – Eu sou estudante de ensino médio, estou no terceiro colegial, tenho 17 anos e nenhuma experiência no mundo dos negócios. No ano que vem quero ir para a universidade. 

O que o Conecta Londrina pode fazer pelo empresário e pela cidade?

O Conecta Londrina é uma plataforma online, um site (www.conectalondrina.com.br) onde pequenos empresários da cidade de Londrina, que estão passando por dificuldades neste período de pandemia, podem procurar ajuda. É um sistema de mentoria. Os pequenos empresários entram neste site e eu conecto eles com grandes empresários, executivos e consultores da região. Eles fazem sessões de mentorias para receber dicas de expertise e tentar ajudar o pequeno empresário. Então é uma iniciativa totalmente voluntária, não tem nenhum dinheiro envolvido. Todo mundo que está ajudando, está ajudando por boa vontade. 

Como é que surgiu essa ideia? Como nasceu esse projeto?

Eu fui vendo vários restaurantes e pequenas lojas fechando… Todo mundo tem aquele restaurante que é querido, onde você vai aos domingos. Vi que estavam fechando e fiquei entristecido. Eu fiquei pensando: “Será que não tem ninguém ajudando essas pequenas empresas?” A realidade era que muito pouca gente estava ajudando. Comecei a pensar no que poderia ser feito. Como eu não tinha nenhum investimento, tive que ter uma ideia mais criativa. Eu pensei neste projeto de mentoria totalmente voluntário, que ajudaria bastante gente mas não teria nenhum dinheiro envolvido.

Quem pode ser um mentor? Qual o perfil?

O perfil do mentor é muito variado. Não tem como falar qual o tipo de mentor do Conecta Londrina. Há uma variedade de pessoas, são profissionais de áreas muito diversas. Eu diria que é uma pessoa que quer ajudar, quer doar suas horas. Todos estamos passando por dificuldades neste momento, alguns mais, outros menos. Mas é alguém que consegue ajudar e dar ideias para as pessoas. Às vezes você está todo dia no seu negócio, seja ele grande ou pequeno, e não percebe que pode fazer algumas coisas diferentes. Às vezes uma pessoa de fora olhando o seu negócio pode ter um insight diferente. O perfil do mentor é de alguém que está confortável em dar boas dicas para as pessoas. Eu fico até impressionado. Os nossos mentores são muito qualificados. O que eu ouço são histórias, praticamente todas, de sucesso. Pode ser o dono de uma empresa que vira consultor por um dia. 

E os mentorados, que estão do outro lado, podem ser qualquer empresário de pequena e média empresa ou têm um público específico?

Pode ser de empresas de qualquer área, um restaurante, um posto, uma farmácia… Tem duas empresas de conserto de ar-condicionado, por exemplo. Então são de áreas variadas. É para qualquer um que esteja em dificuldade e queira ajuda.

O que é preciso fazer para ser um mentor?

Você entra no site www.conectalondrina.com.br, vai ter uma aba para você se inscrever. Clica, preenche um formulário rápido e já estará inscrito. Vai entrar para a nossa base de dados. Neste formulário, você vai falar o nome, e-mail, número de contato, sua empresa, qual a dificuldade que você está passando, coisas desse tipo. A gente pega o mentorado que está passando por dificuldade e conecta com o mentor por WhatsApp. A gente tem uma planilha com tudo certinho, tudo organizado. A gente conecta pelo WhatsApp e deixa eles conversarem. É basicamente isso. Você se inscreve, fica disponível, e a gente conecta você por WhatsApp. 

A partir do WhatsApp eles podem combinar de se falar?

Exatamente, o contato é entre mentor e mentorado. Eu e o time do Conecta Londrina, agora com a ACIL, fazemos uma supervisão para ver se está tudo bem, se o mentor atendeu bem, se o mentorado estava pontualmente nas reuniões. Mas basicamente são eles que se acertam.

Quanto tempo pode durar essa mentoria?

A ideia é que sejam duas reuniões de 45 minutos cada. São reuniões por videoconferência. Na primeira, o mentorado apresenta o problema e explica quais são as dificuldades. Na segunda reunião eles conversam sobre possíveis soluções. Essa é a ideia inicial. Mas, pela boa vontade do povo londrinense, eu tenho visto que o mentor fica até mais com o mentorado. Vi casos que fizeram quatro ou cinco sessões. É uma coisa linda.

Queria falar um pouquinho do perfil desses profissionais que já estão cadastrados…

Às vezes a troca de ideias entre duas pessoas de áreas distintas pode ser muito positivo. Não é porque você tem um restaurante que você deve ser atendido por alguém do ramo alimentício. Quase metade dos nossos mentores são consultores e, como consultores, podem atender a todas as áreas. Então temos mentores de praticamente todas as áreas, e mentorados também de áreas variadas. Entre os mentorados, temos marmitaria, frutaria, instituto de massagem… Entre os mentores, temos consultores, executivos e donos de empresas. Mas todos podem atender todos, eu diria. 

E se o mentor e o mentorado não conseguem uma sintonia no primeiro momento, como isso é conduzido? É possível fazer uma troca? 

Isso é um fato que já aconteceu algumas vezes, mas não é comum. Se for o caso, eu mesmo entro em contato, vejo o que aconteceu e conecto eles com outros. A gente sempre consegue fazer um ajuste.

E se o empresário quiser fazer uma nova mentoria? É possível participar novamente?

Já aconteceu. Um dos nossos mentorados pediu uma segunda monitoria e eu falei: “Claro, sem problema algum”. A gente dá preferência para os novos, para quem ainda não foi atendido. Mas, se por acaso a gente tiver disponibilidade de vários mentores, não tem problema algum.

Há quanto tempo surgiu o Conecta Londrina? 

Surgiu no começo de maio, estamos com dois meses, agora. 

Gostaria que você falasse um pouco da parceria com a ACIL.

Foi uma coincidência de ideais, eu diria. A ACIL tem esse perfil de ajudar as empresas, a comunidade e os empresários de Londrina. A gente resolveu fazer essa parceria até porque a ACIL, com a estrutura que ela tem, pode me ajudar a tocar este projeto. No começo, era praticamente eu tocando sozinho. E o projeto foi crescendo, foi ganhando força, e ficou um pouco complicado para gerir sozinho. Essa ajuda estrutural da ACIL é muito interessante. Então são dois pontos que possibilitaram essa parceria: a ajuda estrutural e a convergência de ideais. Esse contato que eu estou fazendo com a ACIL é muito positivo. É uma parceria formal, mas também é uma parceria no sentido mais amistoso da palavra.

Agora, com a estrutura da ACIL, o contato tem sido imediato?

Com certeza, dentro de alguns dias, eu diria. Com no máximo dois ou três dias de espera você já é conectado. O projeto é muito interessante porque é uma teia. Quanto mais pessoas entram, vai ficando maior. Se eu tiver 50 mentores e 60 mentorados, funciona tão bem quanto se eu tivesse 500 mentores e 600 mentorados. Esse formato de teia é muito interessante.

Como são os feedbacks que você teve até agora? 

Eu mando um formulário de feedback para as pessoas que já foram atendidas. E o feedback que eu tenho recebido é lindo, eu diria. São histórias maravilhosas. A nossa primeira cliente atendida tinha uma marmitaria e eu coloquei ela em contato com um especialista contábil. Ele fez uma planilha gigantesca para ela, mostrando gastos, custos, pedindo renegociação de dívidas, pedindo marketing, mostrando por A+B como ela voltaria a ser lucrativa. Foi traçando um caminho para ela. E ela falou que jamais teria acesso a esse tipo de coisa, que ajudou demais. Ela voltou a ter confiança no negócio. Outra de nossas mentoradas tinha um estúdio de massoterapia e a mentora que eu coloquei em contato com ela não tinha muito conhecimento sobre a área. E ela falou: “Posso ir até o estúdio de massoterapia para entender como funciona?” Olha que legal, a pessoa dedicou um tempo dela para ir ao estúdio ver como funcionava. É uma história mais encantadora do que a outra. 

Nesse primeiro contato com o mentorado, o que você observou? O que as pessoas estavam procurando? Qual era a preocupação?

Existe a busca do que as empresas acham que precisam e existe a busca do que elas acabam descobrindo que precisam depois da mentoria. Todo mundo chega pedindo basicamente duas coisas: querem entrar mais na plataforma online,  porque hoje em dia é tudo online; e aumentar o volume de vendas, conseguir novos clientes. Isso é o que as pessoas acham que elas precisam. Quando eu conecto elas com os mentores, elas acabam falando: “Eu acabei vendo que eu podia reestruturar o meu negócio de uma maneira diferente”. As pessoas recebem informações sobre vendas e transição para o online, mas existem vários aspectos dentro da empresa que talvez a gente não perceba. Se mudar uma coisinha, já ajuda demais.

Como você vê os frutos que estão sendo colhidos com o projeto?

Eu passava praticamente o dia inteiro pensando em ver como mudar a plataforma e mudar o site, conectando pessoas, fazendo tudo o que o projeto precisava. Ouvir as histórias das pessoas que foram ajudadas, que realmente deu certo, é muito gratificante, é uma coisa muito bonita. Eu fico muito feliz, mas ainda tenho aquele sentimento de ter ajudado um, mas tem mais dez na fila. Estou fazendo uma pequena parte. Muito mais gente precisa ajudar. Muita coisa precisa ser feita para ajudar a todos, não só os empresários. Se essa pandemia ensinou alguma coisa para a gente, é ser mais solidário. É ajudar o próximo. Não dá para se isolar em casa, como a gente está fazendo agora, para sempre.


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