Fonte: Assessoria da ACIL
O Programa Compra Londrina, dedicado a incentivar a participação de empresas locais em compras da Prefeitura, está passando por uma reformulação estrutural. O Compra Londrina 2.0 traz novidades como licitações exclusivas para empresas londrinenses, um novo decreto, a preparação do Projeto de Lei, telemarketing para aproximar as empresas da Prefeitura, marketplace para negócios com o poder público e um manual para ensinar o passo a passo das negociações via licitação.
As novidades foram apresentadas por Fábio Cavazotti, secretário municipal de Gestão Pública, e Marcelo Frazão, coordenador do programa, durante reunião do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial realizada na terça-feira (13). A apresentação mostrou dados que comprovam a eficácia da iniciativa. “Temos milhões de oportunidades para serem exploradas e precisamos levar isso adiante para fortalecer a economia local”, destacou Marcia Manfrin, presidente da ACIL.
O Compra Londrina começou a ser idealizado por volta de 2009 por entidades que integram o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, como ACIL, Sebrae, Codel, Sinduscon, Sindimetal, Sescap e Sincoval, junto com o Observatório de Gestão Pública de Londrina, Prefeitura e o Fórum Desenvolve Londrina. Em 2017, o prefeito Marcelo Belinati oficializou o programa por meio de um decreto municipal. De lá para cá, o trabalho evoluiu junto com os resultados.
A ideia inicial era incentivar as empresas da cidade a disputarem licitações de compras públicas da Prefeitura, fazendo com que o investimento ficasse na cidade, movimentando a economia local. “Lá no início do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial, colocamos como prioridade os programas que valorizassem as empresas locais. Hoje, temos um programa que é bastante robusto, que é uma referência no Paraná e no Brasil”, comentou Sérgio Garcia Ozório, do Sebrae.
Mas o Compra Londrina também se mostrou eficiente na prestação de serviços: “Quanto mais as empresas que a gente conhece no dia a dia vão se afastando do processo licitatório, mais a gente deixa esse mercado, que é gigantesco, para empresas viciadas, que não têm preocupação com qualidade. E aí o município fica com um leque de fornecedores de qualidade muito ruim. Não é só o estímulo à produção e ao desenvolvimento econômico local. Nós fomos percebendo que há espaço para trazer melhoria efetiva na qualidade da prestação de serviço”, revelou Fábio Cavazotti.
No início do Compra Londrina, uma pesquisa realizada pelo Sebrae revelou que 80% das empresas da cidade não acompanhavam os processos licitatórios. Os motivos eram os mais variados: corrupção, baixa credibilidade das licitações, preocupação com atraso ou não recebimento do pagamento, competitividade acirrada das empresas especializadas em licitações e a burocracia.
O Programa buscou agilizar os processos de compra, com eficiência, para que as licitações se tornassem uma ferramenta para o desenvolvimento da economia local. Afinal, a Prefeitura investe mais de R$ 300 milhões em produtos, serviços e obras, comprando desde agulha a caminhão, como lembrou Marcelo Frazão.
Os objetivos do Compra Londrina são claros:
-Melhorar o ambiente de negócios entre o poder municipal e empresas locais para fomentar novos fornecedores, em especial pequenos negócios (MPE).
-Dar credibilidade e transparência aos processos licitatórios.
-Pagar em dia. Hoje o Compra Londrina paga em até 20 dias úteis após a entrega da nota fiscal. O prazo médio levantado pela UEL é de 15,9 dias.
-Apresentar uma previsibilidade confiável, com calendário de compras; avisos de licitações por diferentes meios, como SMS e e-mails; e divulgação na imprensa e internet.
-Capacitar as empresas locais para disputarem licitações, oferecendo consultorias, cursos e encontros, explicando ao mercado os detalhes dos editais.
Compra Londrina 2.0
A nova versão do Programa Compra Londrina foi apresentada com números animadores. Um levantamento mostrou que, caso as empresas da cidade negociem R$ 53,5 milhões com a Prefeitura, podem gerar até 400 novos empregos; R$ 8,7 milhões em remuneração aos trabalhadores; retorno de R$ 12, 48 milhões em tributos; geração de até 140 novas micro ou pequenas empresas; e geração de até 25 novas pequenas empresas.
“É nossa obrigação ensinar a empresa a disputar uma compra pública. Por que, se a Prefeitura não ensinar a empresa, quem vai perder a compra? É a Prefeitura. A empresa vai continuar no mercado privado. A licitação não é difícil. É como andar de bicicleta, você aprende uma vez e vai”, esclareceu Marcelo Frazão.
Para o coordenador do Compra Londrina, a participação das entidades da sociedade civil organizada é fundamental para a manutenção do programa. Por isso, a versão 2.0 quer estreitar ainda mais o contato e a colaboração entre poder público e privado para incrementar a troca de informações e oferecer treinamentos e cursos voltados às compras públicas.
A cada R$ 10 milhões comercializados, as empresas de Londrina podem gerar, em média:
-75 empregos.
-R$ 1,6 milhão em remuneração aos trabalhadores.
-R$ 2,3 milhões em impostos.
A cada R$ 10 milhões comercializados em Londrina, são abertas:
-26,3 micro ou pequenas empresas.
-4,7 empresas de pequeno porte.
-0,9 média empresa.
-0,5 grande empresa.
Ações previstas para o Compra Londrina 2.0:
-Novo decreto e preparação do Projeto de Lei.
-Busca ativa a empresas e telemarketing com telefonistas da Prefeitura.
-Mais credenciamentos e mais serviços contratados com MEIs.
-Renovação gráfica de marcas, logos e designs.
-Novo site com marketplace de oportunidades de negócios com a Prefeitura.
-Aprimorar sistema de avisos por SMS e e-mails.
-Novo manual com o passo a passo para as empresas locais comprarem da Prefeitura.
-Lançamento de editais exclusivos para empresas londrinenses em 23 produtos e 19 serviços.
Mais informações sobre o Programa Compra Londrina estão disponíveis no site (compralondrina.com.br) ou pelos telefones (43) 3372-4407 / 3374-3010.