Fonte: Folha de Londrina com Agência Estado
A estagnação da economia levou a uma piora considerável no humor do comércio no ano passado. O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), fechou 2014 com queda de 13,4% na comparação com dezembro de 2013, maior recuo anual do indicador em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em março de 2011, anunciou ontem a entidade. Em dezembro ante novembro, o Icec registrou baixa de 2,5%, a quarta seguida e a maior desde fevereiro de 2014.
Na opinião de três em cada quatro entrevistados, a economia atualmente está pior do que há um ano. O subíndice que mede as condições atuais teve seu pior nível (76,6 pontos) desde o início da pesquisa. No comparativo mensal, o recuo foi de 6,7%.
A queda reage ao mau desempenho da atividade econômica, e o quadro pode piorar ainda mais caso não haja uma recuperação das vendas neste ano. “Pode ser que o fundo do poço não tenha chegado”, disse Fabio Bentes, economista da CNC, lembrando que a previsão é de um primeiro semestre difícil para o varejo.
Na composição do Icec de dezembro, as condições atuais (com queda anual de 22,6%) pesaram mais do que as expectativas com o futuro (recuo de 9,9%). “A confiança é contaminada pela percepção de uma perda de fôlego no varejo”, disse o economista.
Bentes lembrou que o recuo no indicador já era esperado, mas que as projeções eram mais otimistas no início de 2014. Ao longo do ano passado, as perspectivas para a atividade econômica como um todo e, para o desempenho do comércio em particular, foram sendo revistas para baixo.
Agora, a expectativa é que o varejo registre em 2014 o pior desempenho desde 2003, como já apontam os primeiros dados sobre as vendas no Natal. A CNC ainda projeta crescimento de 3,1% nas vendas do varejo no ano passado, mas com viés de baixa. Para 2015, a previsão é de 3,6%, mas um desempenho inferior a 2014 não pode ser descartado, na avaliação do economista.
Arrefecimento do mercado de trabalho, inflação elevada e juros em alta para combatê-la estão por trás do mau desempenho do varejo, segundo Bentes. O economista da CNC chama atenção para a elevação nas taxas de juros ao consumidor no crédito livre, medidas pelo Banco Central (BC): saltaram de 38,5% ao ano, em novembro de 2013, para 44,2%, em novembro último.
A persistência do comprometimento da renda dos consumidores com o pagamento de dívidas, que tira fôlego do consumo, segue como risco para o desempenho do varejo neste ano. Outro grande risco é a taxa de câmbio. A alta do dólar pode encarecer a renovação dos estoques, sobretudo de bens duráveis, enquanto a baixa disposição dos consumidores para gastar pode dificultar o reajuste dos preços finais. O resultado seria um achatamento das margens de lucro.
Na opinião de três em cada quatro entrevistados, a economia atualmente está pior do que há um ano. O subíndice que mede as condições atuais teve seu pior nível (76,6 pontos) desde o início da pesquisa. No comparativo mensal, o recuo foi de 6,7%.
A queda reage ao mau desempenho da atividade econômica, e o quadro pode piorar ainda mais caso não haja uma recuperação das vendas neste ano. “Pode ser que o fundo do poço não tenha chegado”, disse Fabio Bentes, economista da CNC, lembrando que a previsão é de um primeiro semestre difícil para o varejo.
Na composição do Icec de dezembro, as condições atuais (com queda anual de 22,6%) pesaram mais do que as expectativas com o futuro (recuo de 9,9%). “A confiança é contaminada pela percepção de uma perda de fôlego no varejo”, disse o economista.
Bentes lembrou que o recuo no indicador já era esperado, mas que as projeções eram mais otimistas no início de 2014. Ao longo do ano passado, as perspectivas para a atividade econômica como um todo e, para o desempenho do comércio em particular, foram sendo revistas para baixo.
Agora, a expectativa é que o varejo registre em 2014 o pior desempenho desde 2003, como já apontam os primeiros dados sobre as vendas no Natal. A CNC ainda projeta crescimento de 3,1% nas vendas do varejo no ano passado, mas com viés de baixa. Para 2015, a previsão é de 3,6%, mas um desempenho inferior a 2014 não pode ser descartado, na avaliação do economista.
Arrefecimento do mercado de trabalho, inflação elevada e juros em alta para combatê-la estão por trás do mau desempenho do varejo, segundo Bentes. O economista da CNC chama atenção para a elevação nas taxas de juros ao consumidor no crédito livre, medidas pelo Banco Central (BC): saltaram de 38,5% ao ano, em novembro de 2013, para 44,2%, em novembro último.
A persistência do comprometimento da renda dos consumidores com o pagamento de dívidas, que tira fôlego do consumo, segue como risco para o desempenho do varejo neste ano. Outro grande risco é a taxa de câmbio. A alta do dólar pode encarecer a renovação dos estoques, sobretudo de bens duráveis, enquanto a baixa disposição dos consumidores para gastar pode dificultar o reajuste dos preços finais. O resultado seria um achatamento das margens de lucro.