Você
e eu, cidadãos brasileiros e mortais comuns, acordamos cedo todos os
dias para trabalhar e pagar nossas contas. Nosso desafio cotidiano é
equilibrar receitas e despesas. Se não fazemos isso, vamos à falência.
Mas com o governo federal não acontece assim. Nos últimos anos,
principalmente quando chega o período das eleições, o Estado abre as
torneiras, levando o orçamento público a um descontrole total. Isso me
faz lembrar uma frase do presidente americano Ronald Reagan: “Quando uma
pessoa ou uma empresa gastam mais do que ganham, elas vão à falência.
Quando um governo gasta mais do que ganha, ele te manda a conta”.
Muitos
lamentam a goleada de 7 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira na Copa. No
entanto, a pior goleada não aconteceu nos gramados, mas nos cofres
públicos: as despesas do governo cresceram 7%; e as receitas, 1%.
Adivinhe quem é que vai pagar essa conta? Pois é, meu amigo. Nós,
brasileiros comuns. O governo trata das contas públicas como cuida da
Petrobras: mal, incrivelmente mal.
Agora, aos 45 minutos do
segundo tempo, o governo Dilma faz pressão para que o Congresso aprove
mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), maquiando as contas
públicas e escondendo o déficit da União. Essa manobra é um mau exemplo
para o Brasil e uma vergonha para todos nós. Depois da gastança
eleitoreira, o governo quer usar as despesas com o PAC para fechar as
contas do orçamento federal. É mais ou menos como se alguém viesse lhe
cobrar uma dívida e você dissesse que não deve nada – porque gastou com
uma reforma de sua casa.
Depois
de uma campanha eleitoral de baixarias e boatos, o governo tenta impor
essa mentira orçamentária, que na prática significa um golpe de morte da
Lei de Responsabilidade Fiscal, uma das mais importantes conquistas da
democracia brasileira. A administração petista já conseguiu a proeza de
combinar o baixo crescimento com a volta da inflação; agora está
decretando a lei da irresponsabilidade. Até quando o País vai suportar
isso?
Até a próxima,
Valter Luiz Orsi