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Conversa com o Presidente: Energia, um custo insuportável

A partir da próxima semana, os paranaenses vão passar a consumir energia elétrica ainda mais cara. Não bastasse a mudança para bandeira vermelha na tarifa em junho por causa da falta de chuvas – regime especial que impõe mais R$ 5,00 a cada 100 quilowatts-hora, a Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a Copel a reajustar em 15,06% os valores das faturas residenciais e 17,5% no valor das faturas nas ligações de alta tensão, que abastecem as indústrias.

A ACIL defende o equilíbrio financeiro das contas públicas, inclusive das estatais, mas avalia que não é possível mais tolerar a apreciação de um insumo tão importante em um ciclo de baixa intensidade na atividade econômica.

O atual patamar do custo da eletricidade sufoca o setor produtivo e o natural repasse do custo para o mercado não parece tão viável.

Deste modo, a alta na conta de luz afeta diretamente a lucratividade e a rentabilidade das empresas. Na dinâmica econômica, isso normalmente resulta em suspensão de investimentos, enxugamento de gastos e redução no número dos postos de trabalho.

O exagero no valor deste insumo pode se transformar numa armadilha para o próprio governo estadual, à medida que afeta a saúde financeira de quem mais contribui para a formação do bolo tributário.

Quanto mais cara energia for, menos competitividade as empresas paranaenses terão e, como consequência, elas empregarão menos e pagarão menos impostos, afetando o caixa estadual e colocando em risco o custeio da máquina pública.

Como detentor de 31% das ações da Copel, o governo do Paraná tem instrumentos para frear este processo. As entidades estão engajadas para convencer o Palácio Iguaçu a interferir nesta situação.

Com total apoio da ACIL, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)  e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) propõem uma redução da alíquota do ICMS para todos os tipos de consumidores de energia,  uma medida necessária para aliviar os futuros prejuízos.

Caso nossa proposta seja aceita, o governo estadual poderá abrir mão de parte da alíquota  sem perder receita. É uma saída sensata. Vamos persistir até que a busca do bem comum prevaleça nesta negociação. E vamos continuar avaliando a questão do custo de energia como um dos temas mais importantes para o setor produtivo paranaense.  No momento, nada é mais urgente.

 

Até a próxima,

 

Frase da semana:

“Tenho por detestável a máxima de que em matéria de governo a maioria de um povo tenha o direito de tudo fazer”, Alexis de Tocqueville (1805-1859), pensador francês


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