Como os associados já sabem, a reforma do Estado é uma das bandeiras da ACIL. Um poder público mais austero, enxuto, transparente e eficiente é uma condição essencial para a cultura do livre mercado se propagar no Brasil. Acreditamos que apenas nestas condições o ambiente de negócios do País vai se tornar mais dinâmico e mais atraente aos olhos do mundo. É nossa receita para vencermos a pobreza e o atraso.
Portanto, todas as vezes que a tributação aumenta é como se tivéssemos dado uma marcha à ré. Todos perdem. O contribuinte – empresário ou não – fica menos competitivo no mercado ou na vida, enquanto o governo se acomoda diante do compromisso de se disciplinar financeiramente.
O caso do IPTU de Londrina é ainda mais grave pela amplitude do reajuste. O descontentamento de todos nós ao recebermos o carnê já havia sido previsto no ano passado pela ACIL e por um grupo de entidades parceiras que se reuniram algumas vezes para debater a situação dramática das contas municipais.
Lamentavelmente, o prefeito e a Câmara entenderam que era melhor para o município manter alguns gastos correntes e enxergar nos parcos recursos da população e do setor produtivo a solução mais simples para chegar ao equilíbrio fiscal.
Que este episódio e toda a indignação que segue tomando conta da cidade nos faça refletir melhor sobre como estamos financiando um estado pesado e perdulário. Enquanto, não redimensionarmos o tamanho do poder público, continuaremos expostos a surpresas tão desagradáveis quanto a que ocorreu esta semana. Uma coisa tem tudo a ver com a outra.
Até a próxima,
Claudio Tedeschi
Presidente
Frase da semana:
“Uma nação que tenta prosperar a base de impostos é como um homem com os pés num balde tentando levantar-se puxando a alça”,
Winston Churchill (1874-1965), ex-primeiro-ministro inglês