Feriado, trabalho e intransigência – Editorial da Folha de Londrina

Há muito se discute a quantidade de feriados instituídos no Brasil. São nove feriados nacionais previstos para este ano e sete pontos facultativos, dos quais três já são considerados feriados, […]

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Há muito se discute a quantidade de feriados instituídos no Brasil. São nove feriados nacionais previstos para este ano e sete pontos facultativos, dos quais três já são considerados feriados, sem contar os estaduais e municipais e os “feriadões”. É fato que provocam prejuízos em toda a cadeia produtiva porque paralisam a produção – é uma reação em cadeia. Projeção da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro estima perdas de até R$ 64,6 bilhões somente da indústria nacional neste ano, sem contar a movimentação do comércio e dos serviços. 


Dimensionado o tamanho do prejuízo, é de provocar no mínimo estranheza quando um sindicato se recusa a negociar um dia de trabalho. Hoje é comemorado o Dia dos Namorados, uma das melhores datas para o comércio varejista em termos de vendas. Também é feriado municipal, em homenagem ao Sagrado Coração de Jesus – padroeiro de Londrina. A data está instituída legalmente, mas este ano o feriado coincidiu com a data comemorativa, que caiu em uma sexta-feira. O sindicato patronal propôs trocar o trabalho de sexta-feira por uma folga na segunda-feira, o que foi recusado pelo sindicato dos empregados. 

Será que um dia em que a maioria da população não trabalha, o comércio não teria um movimento maior? Lojas abertas são um estímulo às compras e os consumidores seriam os maiores beneficiados. Além disso, a movimentação beneficiaria empresários e funcionários. 

Há décadas o comércio central sofre com as amarras de um Código de Posturas atrasado e com a intransigência do sindicato dos empregados. Muitas categorias profissionais têm horários alternativos de trabalho e por quê não flexibilizar a jornada dos comerciários? Não se trata de defender o descumprimento da legislação trabalhista, mas o sindicato deve estar aberto a negociações e novas propostas até mesmo porque lojas fechadas prejudicam os próprios funcionários. Comércio em crise pode gerar desemprego. 

É preciso avançar, trabalhar em uma linha desenvolvimentista para Londrina. Nos últimos anos, a cidade retrocedeu em vários indicadores econômicos e é preciso reverter isso. A união é fundamental.

(Editorial da Folha de Londrina, publicado em 12 de junho de 2015.)

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