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Empresários locais apontam estratégias para superar a crise da Covid-19

Fonte: Assessoria ACIL 

Em meio a notícias que se atualizam a cada minuto sobre a situação do mercado, recebemos, na noite desta quinta-feira (13), uma dose de ânimo e inspiração, vinda de empresários que conseguiram driblar, já nos primeiros meses, o 'lugar comum' imposto pela pandemia. E foi afim de entender como esses segmentos estão conseguindo se sobressair neste momento, que o Painel "Um novo olhar para um novo futuro", uma parceria entre a ACIL, o Aurora Shopping e a Frezarin Eventos, reuniu Fernando Moraes, empresário e diretor comercial da rede Móveis Brasília e Vivo; Flávio Meneghetti, sócio-fundador do Grupo Marajó e do Consórcio União; Rubens Augusto, fundador da rede de Farmácias Vale Verde; e Haroldo Polizel, superintendente da Cooperativa Integrada.

Imagine estar à frente de um negócio e ver todo o seu planejamento perder a validade de um dia para o outro? Essa foi a realidade de milhares de empresas. E por mais que alguns setores estejam sendo mais afetados do que outros, desde o empresário mais novato, até o mais experiente, todos foram pegos de surpresa. 

Durante o painel realizado pela ACIL, empresários locais demostraram uma característica comum: a postura resiliente e a capacidade de colocar a cabeça para pensar estrategicamente, mesmo em um cenário instável. Eles entendem que não podem controlar as situações que acometem o mercado, mas podem reagir a elas.  

Para o mediador do debate, Marco Kumura, o processo de decisão dos quatro empresários pode ser divididos em dois tópicos: o gerir e o gerar. O primeiro diz respeito aos objetivos de manter o negócio de pé e os processos funcionando, além de cuidar dos empregos dos colaboradores. A decisão, no segundo ponto, é sobre, por exemplo, lançar um produto novo, necessidade que todos os segmentos sentiram para sobreviver. 

"É um cenário diferente de tudo que vivemos e com certeza precisamos tomar decisões difíceis quase todos os dias. Mas é importante que haja comunicação com as equipes para que elas sejam o mais certeiras possíveis", destaca Fernando Moraes, empresário e diretor comercial da rede Móveis Brasília e Vivo. Ele afirma que, outro fator imprescindível, é estudar o mercado e se manter atento ao consumidor e sua mudança de comportamento. 

Flávio Meneghetti, sócio-fundador do Grupo Marajó, pontua que o planejamento estratégico começa a tomar uma nova dimensão. "Até dias atrás, ele era formulado mediante análise do passado e do presente para, só então, se projetar um futuro.  Mas agora, como se planejar em uma situação na qual você não tem um histórico para se basear?" Mas com visão otimista, o empresário afirma que o posicionamento tomado no início para adaptar a empresa a essa nova situação está permitindo que o negócio 'respire'. 

Muitos devem imaginar que nas farmácias as dificuldades passaram longe. Mas não é bem assim. Rubens Augusto, fundador da rede de Farmácias Vale Verde, explica que para a empresa o momento exigiu a sobreposição da emoção pela razão. "Precisamos fechar quatro das nossas lojas. Uma delas, inclusive, foi a primeira que abrimos. Além disso, tivemos que incorporar modelos de trabalho no nosso negócio que não estavam 100% prontos para serem iniciados. Arriscamos", conta. Mas segundo ele, foram saídas de emergência encontradas para inovar e apostar em uma perspectiva de crescimento ainda neste ano. 

O agro não para! É o que todos ouvimos. Mas em meio à pandemia, a necessidade de adaptação alcançou até mesmo este setor. De acordo com Haroldo Polizel, da Cooperativa Integrada, o momento foi a oportunidade de demonstrar a força de uma cadeia bem organizada. "Nossas decisões são tomadas de forma colegiada e desde o início foi criado um comitê de crise. Nossos objetivos estavam distribuídos em conseguir passar tranquilidade aos colaborares em relação a segurança e manutenção do emprego, nos esforçarmos para manter as atividades girando, claro, com todos os cuidados necessários, e também ter a convicção de que o momento vai passar e de que é necessário planejar um futuro", argumenta. 

Segundo Polizel, ainda que seja complicado montar e seguir à risca um planejamento estratégico, é importante elaborar um plano de ação, para que se saiba o porquê foram tomadas certas decisões e outras foram deixadas de lado. "Já estamos focados no ciclo de 2021-2025. Nosso olhar está em como crescer, para onde crescer, quais são as oportunidades e o que é preciso readaptar para isso."

Nenhuma empresa cresce sem levar na bagagem bons aprendizados. No caso deles, não foi diferente. Entre os "erros" destacados pelos empresários desde o início de suas carreiras, estão a falta de coragem para tomar decisões mais arrojadas devido a um certo conservadorismo na gestão e a falta de foco e direção equivocada de energia. 

Entre os quatro painelistas também é unânime: gerir uma empresa com profissionais unidos em um mesmo propósito faz toda a diferença. 
Ouvir o que empresários experientes têm a ensinar pode ser o que muitos empreendedores que estão no início da rota precisam. Com certeza, para àqueles que assistiram, o painel foi além do propósito a que dispôs e deu espaço a uma verdadeira aula de persistência e confiança.


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