Fonte: Assessoria ACIL
Renúncia Fiscal e Balanço Sócio-Ambiental foi o tema da palestra que o especialista Takashi Yamauchi realizou nesta terça (16) no Auditório da ACIL.
O evento, em parceria com a ACIL, foi realizado pela ADECOL – Associação de Desenvolvimento Comunitário de Londrina -, que pretende construir 28 casas populares para famílias de baixa renda, em terreno a ser liberado pela Cohab. A intenção é viabilizar as obras por intermédio de renúncia fiscal.
“É um tema bastante pertinente porque existem formas de poder ajudar e que muitas vezes a gente nem sabe. É por essa razão que estamos aqui, para plantar sementes e colher frutos para o bem de nossa querida Londrina”, comentou Rodrigo Geara, superintendente da ACIL, na abertura do evento.
Para o vice-prefeito João Mendonça, o tema passa pela construção de uma cidade melhor: “A renúncia fiscal é um dinheiro que, se não ficar aqui, vai embora. E Londrina é uma das cidades que menos consegue essa captação de recursos. Então é importante que o empresário e o cidadão, ao preencher seu imposto de renda, viabilize a realização de várias ações na cidade, como as moradias populares”.
A importância da renúncia fiscal para ações voltadas à assistência social também foi destacada por Wilson Yoshio Hossaka, do SIAI – Instituto Valores: “A renúncia fiscal é extremamente útil e importante para a empresa e toda a sociedade, e vem ao encontro ao conceito de ESG, do meio ambiente, do social e da governança”.
Com 200 famílias cadastradas para construir moradias, a Associação de Desenvolvimento Comunitário de Londrina – ADECOL – surgiu em 1996 e conta com o apoio da Cohab – Companhia de Habitação de Londrina – para viabilizar o terreno das casas. A intenção é construir obras sustentáveis, com tijolos ecológicos, cerca de 50 metros quadrados e o sistema de autogestão, no qual a família participa de todo o processo de concepção e execução.
“Quando a empresa cumpre a sua responsabilidade social, ela está não só ajudando a sociedade, mas colaborando para que haja um mundo melhor e mais sustentável. Antigamente havia recursos federais do Minha Casa Minha Vida Entidades, mas hoje não temos mais esse recurso federal para famílias de baixa renda. Por isso estamos buscando essa alternativa de renúncia fiscal”, explicou Maria Inês Gomes, presidente da ADECOL.
Trabalhando com atividades voltadas ao Terceiro Setor desde 1975, inclusive com a criação de entidades, Takashi Yamauchi iniciou sua palestra ressaltando que os desafios do Terceiro Setor passa pela formação profissional: “Quando se discute essa questão de balanço sócio-ambiental, sustentabilidade, pouca gente sabe que existe, por trás desses termos, toda uma normatização e legislação que foram criadas. A questão da renúncia fiscal não surgiu no sentido apenas de dar o dinheiro e descontar do imposto. Ela é muito mais profunda do que isso. Nós temos uma deficiência enorme no processo porque o tema chamado Terceiro Setor não é contemplado na grade curricular dos cursos de formação. Geralmente, é abordado de uma maneira mais simplista ou romântica do que o processo deveria ser”, ressaltou.