Lideranças reivindicam passagem da Ferrovia Norte-Sul por Londrina

Fonte: Andréa Bertoldi/Folha e Assessoria ACIL O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, veio ao Paraná no dia 21 apresentar na Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) o Estudo de […]

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Fonte: Andréa Bertoldi/Folha
e Assessoria ACIL

O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, veio ao Paraná no dia 21
apresentar na Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) o Estudo de Viabilidade
Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) do trecho da Ferrovia Norte-Sul entre
Panorama (SP), Chapecó (SC) e Rio Grande (RS). Este trecho da ferrovia vai
passar pelos três estados do Sul e tem um investimento estimado em R$ 20
bilhões.

Rodrigues fez questão de ressaltar que o trecho ainda é um
estudo que ainda tem muito a ser melhorado. Segundo ele, depois da apresentação
do EVTEA, que aconteceu ontem nas três capitais do Sul, será lançado um
Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), possivelmente neste segundo
semestre, para ver os interessados na concessão do trecho. “Precisamos
primeiro ter interessados para depois soltar a PMI, senão ela vai ficar no
papel”, disse o ministro.

De acordo com ele, o traçado que vai passar pelo Paraná
ainda não está definido. “Na PMI vamos ter as definições”, disse. No
estudo preliminar, a ferrovia passaria por 31 municípios no Paraná e
contemplaria cidades como Maringá, Campo Mourão, Cascavel e Pato Branco.
Londrina não está incluída neste traçado inicial.

Durante a reunião na Fiep, o prefeito de Londrina, Alexandre
Kireeff, falando em nome de uma frente de chefes do Executivo e empresários de
vários municípios, fez um apelo para que a ferrovia passe pela região. “A
região de Londrina e Apucarana está dentro da área de maior viabilidade
apontada pelo estudo da Valec”, disse.

“Vamos abrir a PMI para estudos mais detalhados que
permitam a licitação, a concessão desse trecho do Sul”, disse o secretário
de fomento do Ministério, Daniel Sigelmann.

O EVTEA foi elaborado pela Valec Engenharia, Construções e
Ferrovias S/A, empresa estatal vinculada ao Ministério dos Transportes. O
estudo indicou como referência a passagem da ferrovia por 82 municípios em
quatro estados (oito em São Paulo; 31 no Paraná; 14 em Santa Catarina e 29 no
Rio Grande do Sul). A extensão prevista é de 1.731 quilômetros.

O presidente da Valec, Mário Rodrigues, disse que é preciso
buscar o que mais agregue ao traçado para que a ferrovia seja viável. “É
um investimento muito grande, vamos necessitar de uma parceria da iniciativa
privada porque é uma ferrovia extremamente necessária não só para o Sul, mas
para o Brasil. Esse traçado do estudo é uma diretriz. O próximo passo é o
desenvolvimento do projeto básico. Aí sim vai se definir traçado, custo
efetivo, estudos de ramais, de centros de distribuição logística. A ferrovia
por si só não resolve. Tem que ter uma integração com os outros modais”,
explicou.

“Apesar da crise econômica, a ferrovia é um modal
altamente importante e é estratégica para trazer grãos que são produzidos no
Norte e Centro-Oeste, ligando um extremo a outro do País. A ferrovia tem
facilidade de intermodalidade e várias conexões. Consideramos altamente
viável”, disse o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. Ele defendeu que o
traçado seja definido considerando questões técnicas e não aspectos políticos.

A Ferrovia Norte-Sul de Barcarena/PA ao Rio Grande/RS foi
projetada para promover a integração nacional, minimizar custos de transporte e
interligar as regiões brasileiras, por meio das suas conexões com ferrovias
novas e existentes. A construção foi iniciada por trechos, na década de 1980.

*******

A seguir leia a carta que os representantes da Região
Metropolitana de Londrina – entre eles o prefeito Alexandre Kireeff e o
presidente da ACIL, Valter Orsi – entregaram ao ministro Antônio Rodrigues:

A ESTRADA DO FUTURO PARA O NORTE DO PARANÁ


Curitiba,
21 de agosto de 2015.

Prezado
Ministro,

Há exatos 80 anos, o trem chegou a
Londrina e ao Norte do Paraná, iniciando um ciclo de desenvolvimento como
poucas vezes se viu na história da civilização. Agora, na segunda década do
século XXI, o destino da mesma região está novamente vinculado ao transporte
ferroviário. A Ferrovia Norte-Sul vai passar pelo Paraná — e essa estrada de
ferro é também o caminho para o futuro de milhões de norte-paranaenses.


Existem
cinco alternativas para o traçado da Ferrovia Norte-Sul no Paraná. Uma delas,
conforme demonstra o EVTEA (Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e
Ambiental), irá beneficiar um número maior de pessoas e atravessar municípios
com elevados níveis de produtividade. Todo esse sistema produtivo e o próprio
destino das comunidades da região dependem da infraestrutura ferroviária.


Os
dados objetivos do EVTEA demonstram que os municípios da região metropolitana
de Londrina e da região metropolitana de Apucarana precisam estar contemplados
no traçado da ferrovia norte/sul. Nossa região tem mais de 1 milhão de
habitantes e nosso PIB supera os 22 bilhões de reais o que torna este traçado,
de acordo com o EVTEA o mais viável e atrativo para a efetivação da rodovia
norte/sul.


Além
de ser a região mais indicada pelo EVTEA, o traçado poderá utilizar a faixa de
domínio já existe que liga Maringá, Apucarana. Arapongas, Rolândia, Cambé,
Londrina e Ibiporã. Desta forma os custos com desapropriação serão reduzidos e
a ferrovia existente estarão integradas.


Esta
solução possibilitará ainda a execução do trem pé vermelho, projeto que
integrará todo Norte do Paraná.

Não
podemos correr o risco de errar agora. Está nas mãos do Ministério dos
Transportes a decisão de colocar ou não o Norte do Paraná na estrada do
desenvolvimento.


Respeitosamente
pedimos ao Ministro dos Transportes que levem em conta a nossa sugestão e
atenda toda nossa região que é uma das maiores produtoras de riquezas do país e
fundamentem sua decisão com base no estudo científico apresentado.


Reiteramos
votos da mais elevada estima e distinta consideração.


Cordialmente,

 

 

ALEXANDRE LOPES
KIREEFF

Prefeito de Londrina

 

CARLOS ALBERTO GEBRIM
PRETO

Prefeito de Apucarana

 

 

JOSÉ MARIA FERREIRA

Prefeito de Ibiporã

 

 

WALTER TENAN

Prefeito Porecatu

 

 

 

ALEOCIDIO BALZANELO

Prefeito de
Sertanópolis

 

CARLOS GIL

Prefeito de Ivaiporã
e Presidente da AMUVI

 

 

JOÃO MONZA

Prefeito de Bela
Vista do Paraiso

 

 

SEBASTIÃO F. MARTINS JR

Vice-Prefeito de
Apucarana

 

 

VALTER LUIZ ORSI

Presidente da ACIL

 

 

OSMAR CEOLIN ALVES

Presidente do
Sinduscon Londrina

 

 

 

SOLANGE MARQUEZI

Secretaria de Planej. de Cambé

 

         ROBERTO MARTINS

Presidente do
Sincoval

 

 

EDSON GUILHERME

Gerente de
Cooperativa Integrada

 

 

OSMAR CEOLIN ALVES

Diretor da Sociedade
Rural de Londrina

 

 

 

VALTER LUIZ ORSI

Presidente do
Sindimental Londrina

 

 

LILIAN AZEVEDO
MIRANDA

 Sindicato Rural Patronal de Londrina

 

 

 

ANTONIO CARLOS   BONILHA SOFFA

Diretor do Grupo ATT
Logística

 

CHRISTIAN P. SCHNEIDER

Presidente da Sercomtel

 

 

 

ARNALDO FALANCA

Presidente do
Londrina Convention 

 

 

 

BRUNO VERONESI

Codel Companhia de
Desenvolvimento Londrina

 

 

       RAFAEL DE GIOVANI

Diretor do Sicoob

 

 

JOSÉ GONÇALVES NETO

Diretor do Clube de
Engenharia de Londrina

 

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