A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Guarda Municipal e Polícia Militar prometem “congelar” o Calçadão de Londrina a partir desta segunda-feira (18), em uma grande operação para coibir ambulantes ilegais e pirataria.
Desde dezembro de 2013, a fiscalização no Calçadão e nas ruas laterais estava suspensa após populares hostilizarem agentes municipais e reagirem por diversas vezes a apreensões de mercadorias.
Em agosto de 2013, uma viatura da CMTU foi impedida de aprender morangos de um vendedor sem autorização. As sucessivas reações fizeram a CMTU desistir da fiscalização.
Como já mostrou o JL, o Calçadão e as ruas laterais estão tomadas por vendedores ilegais. Redes amarradas nos postes e nos bancos, lanches, milho e melancia ao ar livre, cigarros contrabandeados, óculos e CDs piratas, antenas, controles remotos, churros, pimenta, cebolas. Sem repressão, tudo é vendido no local.
“Vamos começar na segunda-feira tomando o Calçadão de manhã e ninguém mais vai se instalar ali, apenas quem tem autorização”, promete o diretor de trânsito da CMTU, Arnaldo Sebastião.“O Calçadão está com mais um segmento revitalizado e agora será inteiramente limpo”, garante o diretor. “Não queremos enfrentamento. O objetivo é chegar primeiro e não deixar ninguém mais se instalar”, explicou.
O secretário de Defesa Social, Rubens Guimarães, não quis falar sobre a operação e limitou-se em comentar que a Guarda Municipal “dará o apoio necessário” às estratégias determinadas pela CMTU.
Após perder o controle das autorizações para venda de produtos em áreas públicas, a CMTU fez um novo chamado para receber ambulantes interessados em se regularizar e obter alvarás para as atividades.
“Temos 200 pontos mas poucos estão preenchidos dentro das normas. Não houve interesse dos ambulantes em se legalizar, até porque não há como obter autorização para vender falsificações e produtos de contrabando”, afirmou Sebastião.
O diretor da CMTU não soube informar se a operação de retomada do Calçadão vai se estender pelas ruas laterais, como na avenida São Paulo e ruas Rio de Janeiro e João Cândido, todas dominadas por vendedores fora-da-lei. “O Calçadão será desocupado e por enquanto é o que garantimos”.
Segundo o diretor, a expectativa é de que os vendedores ilegais não resistam e desistam da atividade antes de serem abordados pela fiscalização. “Quanto mais demorarmos, pior a bagunça fica. A ordem é limpar”.