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Indústria cresce 3,1% no Paraná em 2017

Fonte: Folha de Londrina

A indústria paranaense registra o quarto maior crescimento do País entre janeiro a maio, na comparação com o mesmo período de 2016. A alta de 3,1% foi puxada pelas atividades de máquinas e equipamentos (60,3%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (21,2%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física divulgada na terça-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A supersafra no campo e o aumento das exportações de automóveis pelo Estado são os principais motivos. 

O resultado é bem superior ao de 0,5% da média nacional no acumulado do ano. A alta no Paraná fica atrás apenas de Rio de Janeiro (4,6%), Santa Catarina (4,3%) e Espírito Santo (3,4%). Ainda, o Estado registra números positivos em oito de 13 atividades, que incluem de produtos de metal (4,3%), de minerais não-metálicos (4,2%) e de produtos de madeira (2,5%). Pelo lado negativo, destacam-se derivados de petróleo e biocombustíveis (-11,3%), produtos químicos (-8,3%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,9%) e de móveis (-8,5%). 

O diretor do Centro de Estatística do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Francisco de Castro, afirma que os resultados nas exportações do Estado chamam a atenção. "Tivemos um crescimento no comércio exterior de 15,2% de janeiro a junho e somente automóveis tiveram alta de 93,2%", conta. 

Grande parte desse consumo está na Argentina, que voltou a importar, diz o economista Roberto Zurcher, da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). "Os veículos importados lá são hoje mais baratos do que os de fabricação própria. E tivemos ainda algum sinal de recuperação do mercado interno, principalmente pela redução da taxa de juros", diz. 

Recuperação 
Para Castro, como mais da metade das atividades contam com desempenho positivo no Estado, é possível falar em recuperação. "Se fosse só em um mês seria cedo para falar, mas é algo considerável por ser o resultado no acumulado do ano", diz. Isso porque o avanço de 7,6% em maio ante o mesmo mês de 2016 se deu depois de uma queda de 5,0% em abril, no mesmo comparativo. 

Zurcher prefere esperar para falar em retomada. "O ano passado foi o terceiro consecutivo de queda na indústria paranaense, então todas as bases de comparação estão deprimidas", conta. "Pelos últimos dados do IBGE, o desempenho neste ano ainda está 20% abaixo do que tínhamos em 2013", completa. 

No País 
Além de apresentar alta de 0,5% no acumulado do ano, houve crescimento de 4,0% na média nacional em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Vale registrar que neste ano houve um dia útil a mais no mês do que em 2016, mas, mesmo assim, houve avanço em dez dos 15 locais pesquisados. 

O economista da Fiep lembra que o resgate de contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) injetou bilhões em consumo, o que explica parte do desempenho nacional. Porém, diz que há um descolamento da crise econômica da política que gera melhores expectativas no mercado. "A discussão de reformas, a queda da inflação e os juros mais baixos também têm influência positiva", diz.


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