Indústria de materiais de construção recupera otimismo em novembro

Número de empresários interessados em investir volta a crescer e varejistas de Londrina veem retorno do movimento após eleição

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Fonte: Folha de Londrina com Agência Estado


Os fabricantes de materiais de construção recuperaram parte do otimismo em novembro, ainda que as vendas estejam mais fracas do que no ano passado, segundo pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira da Indústria da Construção (Abramat). Os que pretendem investir nos próximos 12 meses subiu a 54% no mês passado, ante 46% em outubro. Em novembro de 2013, no entanto, o percentual chegava a 62%. 

Para 14% dos empresários, há otimismo em relação a possíveis incentivos por parte do governo federal. Outros 46% estão indiferentes e 41%, pessimistas sobre novas ações do tipo. Da mesma forma que no indicador anterior, houve alta sobre os 11% de otimistas de outubro e queda em relação aos 20% de novembro de 2013. 

Ainda, 27% dos entrevistados acreditam que serão boas as vendas de materiais de construção no País em dezembro, 49% esperam um desempenho regular e 24%, ruim. Sentimento que contrasta com o dos varejistas, porque é comum que boa parte dos materiais para reformas já tenha sido comprada no último mês do ano. 

Por mais que as vendas em lojas não tenham sido animadoras em novembro, porém, foram superadas as expectativas em outubro, dizem executivos do setor varejista em Londrina. Números também divulgados ontem pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) apontam estabilidade nos negócios entre novembro e outubro deste ano, ainda que tenham ficado 2% abaixo de novembro de 2013. 

Conforme a Anamaco, as pequenas lojas tiveram retração de 1% no mês, já que são os grandes estabelecimentos, que tiveram desempenho 8% superior ao de outubro, os maiores responsáveis por vendas de acabamentos. O presidente da entidade, Cláudio Conz, diz que houve queda no comércio de revestimentos cerâmicos (-5%) e cimentos (-3%), com alta em outros, como tintas (6%) e metais sanitários e portas e janelas de alumínio (3%, cada). 

Para a presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção (Acomac) de Londrina, Sonia Roque Martins, a grande expectativa era mesmo para o segundo semestre, principalmente em um ano de Copa do Mundo e de eleições no Brasil. “Começou a melhorar logo depois das eleições, porque, satisfeito ou não, o brasileiro sabe mais ou menos o rumo que a economia deve tomar”, diz. Em um balanço preliminar, ela afirma que os números regionais do varejo vinham negativos até outubro, mas praticamente ficaram no azul em novembro e devem fechar com alta sobre 2013 após dezembro. 

Diretor de suprimentos do Grupo Todimo, Juliano Bortoloto acredita que o otimismo melhorou em novembro, mas que a expectativa de vender 3,5% a mais no ano deve ser reduzida a 2%, mesma previsão da Anamaco. “Chegamos a falar em 6% no início do ano, mas, hoje, se ficar em 2%, deve ser até dez vezes o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano, então não é tão ruim”, diz. 

Bortoloto e Sonia também esperam que 2015 seja um ano de incentivos do governo ao setor. Por mais que tenhamos apertos monetários no País, não acredito na volta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para materiais de construção porque o programa Minha Casa Minha Vida tem muito a crescer”, diz o executivo da Todimo. “Esperamos para janeiro a liberação do Construcard, da Caixa, para pagamento de mão de obra na construção, e não apenas materiais, o que vai dar um impulso”, completa a presidente da Acomac de Londrina.

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