Fonte: Folha de Londrina
Com retração de cerca de 40% nas vendas no mercado interno, a indústria brasileira de máquinas e equipamentos para construção e mineração conta com os países vizinhos para minimizar as perdas. O dólar acima dos R$ 3 tornou os produtos fabricados no País mais competitivo na América Hispânica, onde têm de concorrer com empresas chinesas e norte-americanas. Além da questão cambial, ao contrário do Brasil que anda para trás em 2015, países como Chile e Peru vão crescer, ainda que pouco. As estimativas são de que o Produto Interno Bruto (PIB) peruano aumente 1,7% e o chileno, 2,4%.
Uma das empresas beneficiadas por esses dois fatores é a Romanelli, de Cambé. Fabricante de equipamentos para pavimentação e saneamento, ela expandiu de 10% para 30% a participação das exportações em suas vendas neste ano. Chile, Colômbia, Uruguai e Colômbia são alguns dos destinos de seus produtos. “Com a alta do dólar, nos tornamos muito mais competitivos perante a concorrência da China e dos Estados Unidos”, conta o diretor José Carlos Romanelli. Até amanhã, a empresa participa em São Paulo da M&T Expo Máquinas e Equipamentos – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais para Equipamentos para Mineração.
Segundo o empresário, o mercado dos vizinhos começou o ano retraído, mas, ao contrário do brasileiro, reagiu. Mesmo com o avanço nas exportações, Romanelli estima que a empresa irá sofrer uma retração de 30% nas vendas totais em 2015. Empregando 300 pessoas em Cambé, ele conta que tem buscando inovações para suportar a crise. “Reagimos lançando novos produtos e focando mais nos médios e pequenos compradores”, afirma. Por enquanto, não houve demissões. “Temos uma mão de obras especializada e custaria muito refazer”, justifica.
Ele diz que, devido à operação Lava Jato, que levou à prisão dirigentes das maiores empreiteiras brasileiras, pequenas e médias empresas de construção estão ganhando espaço no mercado. “Elas estão se juntando e participando de licitações”, conta.
A Volvo Construction, que tem fábrica em Curitiba, também está crescendo nas exportações. O presidente da empresa, Afrânio Chueire, diz que o mercado nos países vizinhos está estável, depois de anos em queda. “Mas o mercado brasileiro caiu drasticamente. Em quatro meses tivemos uma queda de 41%”, afirma. Ele ressalta que ninguém esperava uma queda tão grande e que o crescimento das exportações foi uma decisão estratégica tomada no ano passado pela Volvo. “Foi muito oportuna porque coincidiu com a queda no Brasil”, declara.
Até 2014, o mercado hispânico representava 28% das vendas da Volvo Construction. A meta para esse ano era elevar essa participação a 38%. “Mas já está em quase 50%. Não por mérito das nossas vendas, mas pela queda no Brasil”, explica. A decisão da indústria de exportar mais está relacionada à taxa cambial. Para Chueire, a alta do dólar “veio para ficar”. “Isso melhora muito as condições de vendermos nossos produtos no exterior. Nossas máquinas e equipamentos ficam mais baratos lá fora. Nossa estratégia é de aproveitar essa situação. ”
O câmbio também resultou em maior participação das exportações nos negócios da Randon Veículos. O diretor Celso Luís Santa Catarina conta que elas cresceram ao menos 10% em 2015. “O que nos permite manter no mercado exterior é a taxa cambial. Agora está mais favorável”, afirma. O ideal para ele seria que o dólar subisse um pouco mais. “Bom mesmo seria R$ 3,50. Mas já dá para competir com menos dificuldade com as multinacionais no Chile, Peru, Colômbia”, declara.
Mesmo com aumento das exportações, a Randon Veículos ainda enfrenta retração de 20%. “Para melhorar essa situação precisaríamos, além de um mercado mais aquecido, de custos menores para financiamento. Mas não se espera que isso vai acontecer”, ressalta.
O repórter viajou a São Paulo a convite da M&T Expo
Uma das empresas beneficiadas por esses dois fatores é a Romanelli, de Cambé. Fabricante de equipamentos para pavimentação e saneamento, ela expandiu de 10% para 30% a participação das exportações em suas vendas neste ano. Chile, Colômbia, Uruguai e Colômbia são alguns dos destinos de seus produtos. “Com a alta do dólar, nos tornamos muito mais competitivos perante a concorrência da China e dos Estados Unidos”, conta o diretor José Carlos Romanelli. Até amanhã, a empresa participa em São Paulo da M&T Expo Máquinas e Equipamentos – 9ª Feira e Congresso Internacionais de Equipamentos para Construção e 7ª Feira e Congresso Internacionais para Equipamentos para Mineração.
Segundo o empresário, o mercado dos vizinhos começou o ano retraído, mas, ao contrário do brasileiro, reagiu. Mesmo com o avanço nas exportações, Romanelli estima que a empresa irá sofrer uma retração de 30% nas vendas totais em 2015. Empregando 300 pessoas em Cambé, ele conta que tem buscando inovações para suportar a crise. “Reagimos lançando novos produtos e focando mais nos médios e pequenos compradores”, afirma. Por enquanto, não houve demissões. “Temos uma mão de obras especializada e custaria muito refazer”, justifica.
Ele diz que, devido à operação Lava Jato, que levou à prisão dirigentes das maiores empreiteiras brasileiras, pequenas e médias empresas de construção estão ganhando espaço no mercado. “Elas estão se juntando e participando de licitações”, conta.
A Volvo Construction, que tem fábrica em Curitiba, também está crescendo nas exportações. O presidente da empresa, Afrânio Chueire, diz que o mercado nos países vizinhos está estável, depois de anos em queda. “Mas o mercado brasileiro caiu drasticamente. Em quatro meses tivemos uma queda de 41%”, afirma. Ele ressalta que ninguém esperava uma queda tão grande e que o crescimento das exportações foi uma decisão estratégica tomada no ano passado pela Volvo. “Foi muito oportuna porque coincidiu com a queda no Brasil”, declara.
Até 2014, o mercado hispânico representava 28% das vendas da Volvo Construction. A meta para esse ano era elevar essa participação a 38%. “Mas já está em quase 50%. Não por mérito das nossas vendas, mas pela queda no Brasil”, explica. A decisão da indústria de exportar mais está relacionada à taxa cambial. Para Chueire, a alta do dólar “veio para ficar”. “Isso melhora muito as condições de vendermos nossos produtos no exterior. Nossas máquinas e equipamentos ficam mais baratos lá fora. Nossa estratégia é de aproveitar essa situação. ”
O câmbio também resultou em maior participação das exportações nos negócios da Randon Veículos. O diretor Celso Luís Santa Catarina conta que elas cresceram ao menos 10% em 2015. “O que nos permite manter no mercado exterior é a taxa cambial. Agora está mais favorável”, afirma. O ideal para ele seria que o dólar subisse um pouco mais. “Bom mesmo seria R$ 3,50. Mas já dá para competir com menos dificuldade com as multinacionais no Chile, Peru, Colômbia”, declara.
Mesmo com aumento das exportações, a Randon Veículos ainda enfrenta retração de 20%. “Para melhorar essa situação precisaríamos, além de um mercado mais aquecido, de custos menores para financiamento. Mas não se espera que isso vai acontecer”, ressalta.
O repórter viajou a São Paulo a convite da M&T Expo