Fonte: Folha de Londrina
precisa se reinventar e trazer novidades para contornar a crise
econômica que afeta o País. Essa foi a mensagem da presidente da
rede Blue Tree Towers, Chieko Aoki, a expositores e convidados do
pré-lançamento da 13ª edição do Noivas Fair, que ocorre entre 1º
e 3 de julho. A presidente da Associação Brasileira de Empresas de
Eventos (Abeoc) no Paraná, Cibele Carvalho, diz que o trabalho da
entidade para fortalecer o segmento, que sente retração no número
de eventos e de participantes, é capacitar todos os setores
envolvidos, como o hoteleiro e de alimentação.
O último
levantamento nacional da Abeoc data de 2013, quando houve em torno de
560 mil eventos promovidos no país, com movimentação de R$ 209
bilhões e um crescimento de cerca de 14% ao ano. “Mas sabemos
que vai cair esse percentual”, pondera a presidente nacional da
entidade, Ana Cláudia Bittencourt, que diz que a Abeoc planeja uma
nova edição do levantamento.
A presidente da regional
paranaense, Cibele Carvalho, afirma que no ano passado mais de 200
eventos técnicos e científicos foram realizados em Curitiba,
movimentando cerca de R$ 447 milhões. O crescimento foi de 21% em
relação ao ano anterior, mas não chega à marca obtida em 2013, de
R$ 1 bilhão movimentado. A entidade não tem os números totais do
Paraná consolidados.
O setor, entretanto, não passa ao
largo da crise: tanto os eventos diminuíram em número quanto os
visitantes caíram entre 30% e 40%, afirma Cibele. Para alavancar o
segmento, a Abeoc do Paraná aposta no Selo de Qualidade do Turismo,
criado pelo Sebrae e que poderá ser concedido, a partir deste ano,
para eventos corporativos.
Além disso, há o trabalho dos
conventions bureaus na captação de eventos – “eles são muito
bons para vender suas cidades”, diz Cibele – e na capacitação,
em parceria com o Sebrae, de toda a cadeia envolvida, como os setores
de transporte, hoteleiro e alimentício.”Tudo precisa estar
alinhado em termos de qualidade”, diz.
Dar as
caras
Reconhecida pelo talento e pelo espírito inovador, Chieko
Aoki diz que o enfrentamento de um período de crise se faz com
inovação e com união. “Não pode recuar no negócio por que
não tem dinheiro. Muita gente já passou por crise. O importante é
estar presente, participar, dar as caras e, mesmo que isso tenha um
custo, você se reinventa”, afirma a presidente da rede
hoteleira.
A organizadora da Noivas Fair, Mity Shiroma,
considera que oferecer inovações é essencial para manter o evento
em evidência. “A primeira coisa que o visitante procura é a
novidade, então, os expositores são orientados a mostrar algo a
mais em relação ao ano anterior”, conta.
Ela
ressalta, também, que os noivos estão sempre antenados nas
novidades e querem fazer algo diferente do último casamento que
participaram, o que exige preparo dos expositores. Por último, quem
se propõe a estar presente precisa oferecer alguma vantagem aos
visitantes, como descontos, prazos maiores ou brindes para negócios
fechados na feira.
Sem dados
O turismo de
eventos e de negócios é considerado forte em Londrina, mas não há
um estudo sobre a movimentação financeira gerada. O Instituto de
Desenvolvimento de Londrina (Codel) tem o levantamento de eventos com
base na emissão de alvarás pela Secretaria Municipal da Fazenda,
que registra curva ascendente: foram 191 em 2013; 198 em 2014; 226 em
2015; e 72 até junho deste ano. O presidente do Londrina Convention
Bureau, Arnaldo Falanca, afirma que a entidade tem planos de criar um
observatório de eventos.