Os jovens são aqueles que admitiram ter mais dificuldades de lidar com as finanças em pesquisa realizada pela SerasaConsumidor (braço da Serasa Experian voltado para o consumidor). De acordo com a pesquisa, 40% dos jovens entre 16 e 24 anos admitem não manter a vida financeira sob controle. O índice de pessoas que diz ter controle sobre os gastos aumenta conforme a faixa etária: entre os respondentes com 25 a 34 anos, este índice é de 62%; entre os de 35 a 44, de 67%, entre os de 45 a 54, de 67%, e entre aqueles com 55 ou mais, de 75%.
“Nessa idade, os jovens não têm uma renda muito grande. Eles ainda estão tentando entrar no mercado de trabalho ou estão em um emprego temporário, e muitos postergam o trabalho para poderem estudar”, afirma Júlio Leandro, superintendente do SerasaConsumidor. Ao mesmo tempo, os jovens têm um desejo muito grande de consumo, são seduzidos e impressionados muito facilmente, e além disso, têm dificuldades de postergar o consumo. Ao invés de aguardarem por um momento em que poderão comprar um produto à vista, preferem pagar parcelado, cedendo ao imediatismo. “E por serem mais novos, eles têm menos experiência com finanças”, finaliza o superintendente.
Estes são os motivos pelos quais os mais novos são aqueles que mais admitiram ter dificuldades de lidar com o dinheiro, diz Leandro. Larissa da Silva Torres, de 19 anos, conseguiu seu primeiro emprego este ano. Pela primeira vez, tem um dinheiro só seu, que usa para comprar o que deseja. Mas admite que não tem muito controle sobre os gastos. “Não controlo. Ainda mais com cartão de crédito. Minha mãe que me ajuda.” Quando o assunto é livros, a estudante Daiane Zanqueta, de 21 anos, também afirma sentir dificuldades de controlar os gastos. “Com roupas até que sou mais controlada, mas com livros não. Sempre compro e tenho uns que nem li ainda.”
Para o economista Antônio Zotarelli, professor do departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), “não é surpresa” que os jovens admitam ter pouco controle sobre a vida financeira. Na sua opinião, os pais não estão passando para os filhos conceitos importantes como responsabilidade, estão cedendo demais aos seus desejos, e fazendo pouco para que eles se motivem a alcançar seus sonhos por conta própria. “Para eles (os jovens), as coisas ‘caem do céu’.” Zotarelli também é coordenador de um projeto de extensão de Finanças Domésticas Sustentável na UEM.
Na sua visão, apesar das conquistas da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) – uma política nacional que promove ações relacionadas a este tema -, a educação financeira no Brasil ainda é “irrisória”. Segundo ele, esta educação deve começar “em casa” e continuar na escola. “Tem uma frase de Abraham Lincoln que sempre gosto de citar: ‘Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios’.”
“Nessa idade, os jovens não têm uma renda muito grande. Eles ainda estão tentando entrar no mercado de trabalho ou estão em um emprego temporário, e muitos postergam o trabalho para poderem estudar”, afirma Júlio Leandro, superintendente do SerasaConsumidor. Ao mesmo tempo, os jovens têm um desejo muito grande de consumo, são seduzidos e impressionados muito facilmente, e além disso, têm dificuldades de postergar o consumo. Ao invés de aguardarem por um momento em que poderão comprar um produto à vista, preferem pagar parcelado, cedendo ao imediatismo. “E por serem mais novos, eles têm menos experiência com finanças”, finaliza o superintendente.
Estes são os motivos pelos quais os mais novos são aqueles que mais admitiram ter dificuldades de lidar com o dinheiro, diz Leandro. Larissa da Silva Torres, de 19 anos, conseguiu seu primeiro emprego este ano. Pela primeira vez, tem um dinheiro só seu, que usa para comprar o que deseja. Mas admite que não tem muito controle sobre os gastos. “Não controlo. Ainda mais com cartão de crédito. Minha mãe que me ajuda.” Quando o assunto é livros, a estudante Daiane Zanqueta, de 21 anos, também afirma sentir dificuldades de controlar os gastos. “Com roupas até que sou mais controlada, mas com livros não. Sempre compro e tenho uns que nem li ainda.”
Para o economista Antônio Zotarelli, professor do departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM), “não é surpresa” que os jovens admitam ter pouco controle sobre a vida financeira. Na sua opinião, os pais não estão passando para os filhos conceitos importantes como responsabilidade, estão cedendo demais aos seus desejos, e fazendo pouco para que eles se motivem a alcançar seus sonhos por conta própria. “Para eles (os jovens), as coisas ‘caem do céu’.” Zotarelli também é coordenador de um projeto de extensão de Finanças Domésticas Sustentável na UEM.
Na sua visão, apesar das conquistas da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) – uma política nacional que promove ações relacionadas a este tema -, a educação financeira no Brasil ainda é “irrisória”. Segundo ele, esta educação deve começar “em casa” e continuar na escola. “Tem uma frase de Abraham Lincoln que sempre gosto de citar: ‘Não poderás ajudar os homens de maneira permanente se fizeres por eles aquilo que eles podem e devem fazer por si próprios’.”