Liderança nos diferentes estágios evolutivos das equipes

A coisa certa a fazer depende da necessidade específica do grupo que você dirige

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Fonte: Wellington Moreira para Folha de Londrina


A rotatividade nas posições de liderança das empresas tem sido
bastante comum nos últimos meses porque muitas delas perceberam que
não contavam com pessoas competentes para enfrentar os desafios
atuais da economia e da transformação natural que ocorrem nos
mercados. Você mesmo talvez esteja prestes a assumir a direção de
uma nova equipe de trabalho exatamente por causa desse contexto. 

Contudo, uma coisa é estar à frente daquele tipo de equipe que
já tem uma performance razoável e só precisa de um líder que
recupere a sua motivação e outra bem diferente é ter de dirigir a
partir de agora um time decadente. Isto é, dependendo do estágio
evolutivo da equipe, o novo gestor precisa adotar estratégias bem
diferentes se quiser obter sucesso de verdade. 

Vejamos o caso de você ter de formar uma equipe do zero. A boa
notícia é que poderá escolher com quem quer atuar levando em conta
o perfil desejado e o tipo de trabalho que precisará ser
desenvolvido. Quem monta o time é você e todas as pessoas o
respeitam exatamente porque optou por elas. 

Por outro lado, é comum que equipes recém-criadas tenham uma
baixa produtividade porque seus integrantes evitam conflitos a fim de
serem aceitos pelo grupo. É por isso que o líder precisa estreitar
as relações com as pessoas o quanto antes a fim de evitar que erros
tolos sejam cometidos apenas porque elas desejam, acima de tudo,
aprovação social. 

Também pode ser que você tenha de liderar uma equipe já
formada, mas que ainda se encontra em processo de amadurecimento.
Aqui a situação é bem diferente, pois conflitos internos
infrutíferos e questionamentos sobre o papel de cada membro do grupo
causam o caos e desperdiçam o tipo de energia vital que você
gostaria de direcionar para algo bom. 


Desempenho

Neste caso, antes de promover qualquer mudança, procure se
informar sobre o desempenho das pessoas, o tipo de trabalho que elas
vêm fazendo e os motivos principais das desavenças. Só assim
poderá entender os reais problemas do grupo e mudar aquilo que trará
os resultados esperados. 

Você também pode ter de assumir uma equipe de alta performance,
o que parece ser fácil, mas não é. Membros de times desta natureza
podem achá-lo incompetente para liderá-los na nova fase e resistir
àquilo que você diz nas primeiras semanas só para testá-lo. 

Por isso, seu primeiro desafio será dar continuidade ao trabalho
que já vem sendo feito e escutar aquilo que as pessoas têm a dizer.
Assim, conquistará a confiança delas e terá condições de aplicar
adiante as medidas que considera necessárias para melhorar ainda
mais a performance do grupo. Objetivamente falando, vá
devagar. 


Chacoalhão

E por último, talvez a equipe que você esteja assumindo passe
por um processo de estagnação. As pessoas não se desenvolvem mais,
não estão motivadas, existe um clima de acomodação e você logo
percebe que há um grande risco do grupo se tornar obsoleto se algo
não for feito depressa. 

Sim, você terá que dar um “chacoalhão” nesta equipe.
Precisará encontrar uma nova visão de futuro, reformular os
processos de trabalho, identificar e desligar as pessoas que não
estão dispostas a encarar as transformações e trazer gente nova
que oxigene o time. É preciso ser firme ou nada vai mudar. 

No dia a dia vejo pessoas bem-intencionadas cometendo erros
gravíssimos quando passam a liderar uma nova equipe de trabalho
simplesmente porque não param para entender o estágio evolutivo em
que o grupo recém-assumido se encontra. Não compreendem os sinais
que alguém mais atento logo captaria. 

A liderança não comporta receita pronta ou script rígido, mas é
insanidade ignorar alguns princípios que são universais na hora em
que alguém precisa conduzir um grupo de pessoas. O primeiro é você
fazer um bom diagnóstico do tipo de equipe que vai liderar, depois
refletir o melhor caminho a seguir, manter o bom senso e só então
colocar em prática aquilo que considera a coisa certa a fazer.   


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