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Fonte: Assessoria ACIL

A reunião do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial (NDE) da ACIL demonstrou nesta terça-feira (4) que Londrina atraiu a atenção dos oficiais responsáveis e está entre as cidades pré-selecionadas para receber a Escola de Formação de Sargentos de Carreira do Exército Brasileiro, disputando com Ponta Grossa (PR), Santa Maria (RS) e Recife (PE). 

Convidado para falar sobre o assunto ao NDE, o deputado federal Filipe Barros confirmou a participação de Londrina na disputa e ainda fez um breve retrospecto para explicar a importância e os benefícios que a Escola de Sargentos pode trazer ao Norte do Paraná, caso ela seja instalada em Londrina. 

A Escola de Formação de Sargentos é a porta de entrada para a carreira militar no Brasil. Atualmente, a sede está em Três Corações (MG), com estruturas espalhadas por outras cidades e estados. Para facilitar a logística, diminuir os custos e uniformizar o processo de ensino, o Exército pretende construir uma sede única. 

Trata-se de uma estrutura voltada para abrigar duas turmas de 2.500 alunos cada, perfazendo um total de 5 mil alunos, sem contar professores e oficiais que também devem se instalar no local.

Londrina entrou nas conversas em dezembro, quando os oficiais já haviam passado por 15 cidades e pré-selecionado Santa Maria, Ponta Grossa e Recife. Durante um encontro com o General Joarez Alves Pereira Júnior, responsável por apresentar as propostas ao Alto Comando do Exército, o deputado Filipe Barros despertou o interesse dos militares por Londrina. “Eu pedi ao general que viesse conhecer a nossa cidade e ela acabou incluída entre as pré-selecionadas”, revelou Barros. 

Em janeiro, Londrina recebeu o General Joarez, acompanhado pelos coronéis Luiz Henrique Salonski e João Gustavo Barbosa e Albuquerque, com uma agenda intensa que incluiu voos panorâmicos para prospectar possíveis áreas de instalação.

Na ocasião, no dia 27 de janeiro, o General Joarez declarou ao Núcleo de Comunicação da Prefeitura de Londrina, durante um encontro com  as entidades e o prefeito Marcelo Belinati: “Pelo que vi de Londrina, a cidade comporta, com perfeição, essa nova escola. É um grande desafio ter o local adequado, mas, pela visita que fizemos, algumas áreas parecem promissoras. Precisamos avaliar para ver se atendem e se é possível o seu uso pelo Exército Brasileiro. Mas vejo aqui muita efetividade, e esperamos até o final do semestre uma proposta formalizada e documentada, que será levada ao Comando do Exército”. 

O elogio do general foi presenciado por Marcia Manfrin, presidente da ACIL: “Foi muito bacana ouvir do general que Londrina tem todos os aspectos de sustentabilidade, de economia, tecnologia, saúde, educação e acolhimento. Ele foi muito claro quando citou todas as condições favoráveis que a cidade possui para abrigar a escola aqui na nossa região. Estamos no caminho certo. Londrina tem muito a oferecer e, se nós estivermos juntos, certamente vamos alcançar grandes conquistas”, assegurou. 

O desafio, portanto, foi reunir cinco áreas possíveis, com os respectivos georreferenciamentos, levantados pelo Sinduscon. “Há aproximadamente 30 dias, eu conversei novamente com o general Joarez, pois eu precisava saber se já havia uma definição do Exército”, destaca Filipe Barros.

A resposta foi animadora. O General Joarez deixou bem claro que a decisão cabe ao Alto Comando do Exército, que deve se reunir em meados de agosto, quando o local para a Escola de Sargentos será votado pelos generais. Ou seja, Londrina está no páreo.   

Números

Toda a disputa em torno da Escola de Sargentos pode ser explicada pelos números generosos que envolvem a questão. São 5 mil alunos protocolares, que poderiam atrair visitas familiares a Londrina e região, além de vários oficiais que também se instalariam na cidade. Seria um grande volume de pessoas aquecendo setores como comércio, serviços, turismo, construção civil, indústria, educação, saúde, gastronomia e hotelaria, entre outros. 

O investimento estimado é de R$ 1,2 bilhão, valor que seria capaz de aumentar o PIB londrinense em até R$ 500 milhões por ano. São números com potencial para impulsionar toda a região. 

Próximos passos

Com as informações, o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial pretende, junto com o deputado, intensificar o diálogo com o poder público, representantes políticos, líderes, empresários e outras entidades para que haja uma união de esforços pela instalação da Escola de Sargentos. Os próximos passos incluem reuniões com os mais diferentes setores da sociedade civil organizada.