Fonte: Assessoria ACIL
O prefeito Marcelo Belinati realizou uma live nas redes sociais da Prefeitura de Londrina, nesta terça-feira (15), para explicar os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo Master Plan e pelo Ecossistema de Inovação, que vai ocupar o Centro de Inovação (Tecnocentro) no Parque Tecnológico. A apresentação contou com a presença da ACIL, do Sebrae, do Fórum Desenvolve e da Codel.
São dois temas diferentes, mas que se integram ao planejar os rumos do desenvolvimento da cidade. O Master Plan é uma reivindicação antiga das entidades que integram o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial da ACIL e foi acatada pela Prefeitura. Trata-se de um planejamento estratégico para os próximos 20 anos de Londrina, envolvendo todos os setores da vida em sociedade.
Para elaborar o Master Plan, foi contratada, por intermédio de licitação, a empresa Macroplan, com um orçamento de R$ 1.230.000,00. A assinatura da ordem de serviço ocorreu em 6 de outubro e a empresa terá 13 meses para finalizar todo o planejamento, contando com apoio do poder público e de entidades, além de estimular a participação popular.
“A prefeitura está arcando com os custos mas é uma reivindicação antiga de toda a sociedade e vai delinear os caminhos que Londrina deve seguir para continuar crescendo e se desenvolvendo. Esses estudos vão potencializar aquilo que nós temos de melhor. Isso faz com que a cidade cresça, se desenvolva e atraia cada vez mais empresas”, explicou Marcelo Belinati.
Para Fernando Moraes, presidente da ACIL, o Master Plan é uma conquista: “Vai facilitar muito para atrair empresas, pois Londrina vai se mostrar como uma cidade planejada, que tem um horizonte para onde seguir. Mas a gente também precisa ter um Plano Diretor com as devidas Leis Complementares para conseguirmos ter uma cidade desenvolvida”, ressaltou.
“O Master Plan tem um efeito muito grande quando tem a participação da população e da sociedade civil organizada. É uma demanda que vem sendo discutida há 10 anos, a sociedade clamava para o setor público e agora está se tornando realidade”, assegurou Bruno Ubiratan, presidente da Codel.
Para a elaboração do Master Plan, estão sendo levantados indicadores sócio-econômicos dos últimos dez anos. Ao mesmo tempo, cerca de 60 entrevistas com pessoas representativas da sociedade civil organizada e do poder público estão sendo feitas sobre os rumos que Londrina precisa tomar. Paralelamente, foram criados cinco grupos para discutir especificamente: desenvolvimento econômico, ambiente de negócios, Ecossistema de Inovação, meio ambiente, planejamento urbano e inovação na gestão pública.
“As empresas trabalham com indicadores e trabalham com planejamento. Então se a gente tem uma cidade com um planejamento estratégico definido, com o qual é possível saber para onde a cidade caminha, com a população engajada, vai ficar muito mais fácil para atrair investimentos”, acrescentou Cláudia Romariz, presidente do Fórum Desenvolve.
Representante da Macroplan, Rodrigo Souza está coordenando os trabalhos do Master Plan em Londrina. Em uma rápida apresentação, ele detalhou os objetivos do planejamento: “Todo projeto do Master Plan gira em torno de uma única pergunta: como será Londrina daqui a 20 anos? Que cidade nós vamos deixar para as próximas gerações? A resposta para essa pergunta vai depender das escolhas que nós vamos fazer”, destacou.
A proposta é que a sociedade londrinense trabalhe em conjunto para construir uma visão de futuro por intermédio do Master Plan. “Essa visão de longo prazo vai permitir que a cidade dê um salto de qualidade em termos de desenvolvimento”, completa Rodrigo Souza.
O Master Plan de Londrina passará, portanto, por três etapas:
1 – O primeiro passo é saber como Londrina está hoje, identificando os pontos positivos e os problemas. Para esse diagnóstico, a equipe do Master Plan vem trabalhando com dados quantitativos e qualitativos, comparando informações inclusive com outras cidades, com o estado e o próprio país.
2 – O segundo passo é construir uma visão de futuro para Londrina daqui a 20 anos, para apontar os rumos de desenvolvimento.
3 – O terceiro passo vai definir as estratégias para concretizar a visão de futuro.
“Para isso, a gente precisa ter projetos claros, detalhar esses projetos, ter metas, recursos definidos, e, acima de tudo, disciplina de execução. O Plano não pertence ao governo, não pertence aos empresários, não pertence a nenhum grupo em particular. Ele pertence a todos os londrinenses. Ele não é um plano de desenvolvimento econômico, mas um plano que analisa todas as dimensões de nossa vida em sociedade. Ele vai orientar ou balizar os demais planos específicos da cidade”, esclareceu Rodrigo Souza.
Junto com o planejamento, vem a necessidade de engajar a população por intermédio de ações interativas a partir de redes sociais e de um portal que será criado exclusivamente para detalhar o andamento dos trabalhos. “O Master Plan vai integrar todas as áreas da cidade. Vai ter que se preocupar com a segurança, a qualidade de vida da população, com a saúde, com a mobilidade urbana, com o desenvolvimento econômico, com a infraestrutura, assistência social, meio ambiente, com todos os aspectos da vida da cidade. Ele vai traçar diretrizes gerais que vão servir de balizas e direcionamentos para os planos específicos. E nós vamos decidir isso conversando com a sociedade”, argumenta Rodrigo Souza.
Ecossistema de Inovação e Tecnocentro
Na sequência, o gerente da Regional Norte do Sebrae-PR, Fabrício Bianchi, detalhou a estruturação do Ecossistema de Inovação, que será abrigado no Tecnocentro, que deve ser entregue no primeiro trimestre de 2021. É um trabalho que iniciou no Núcleo de Desenvolvimento Empresarial e ganhou o apoio da Codel, unindo poder público e iniciativa privada.
O Ecossistema de Inovação surgiu a partir da identificação dos setores de maior potencial de Londrina, identificados em um estudo feito pela Fundação CERTI, de Florianópolis, em 2017:
-Agronegócio;
-Químico e Materiais;
-Eletrometalmecânico;
-Tecnologia da informação e comunicação;
-Saúde.
Com o tempo, outros setores também mostraram potencial, como a economia criativa, o turismo inteligente e a construção civil. “Todos esses setores se organizaram de alguma forma para poder avançar com os projetos estruturantes que foram entregues à comunidade de Londrina. Dentre eles, está o Centro de Inovação, que vai ser utilizado em prol do Ecossistema de Inovação”, detalhou Fabrício Bianchi.
Oito governanças setoriais foram estruturadas, junto com um Plano Econômico Financeiro, levando sempre em conta a sinergia com o Parque Tecnológico Francisco Sciarra, onde o prédio do Tecnocentro se localiza. Dessa forma, a Governança do Ecossistema de Inovação foi estabelecida com as seguintes prerrogativas:
-Animar e fortalecer o Ecossistema de Inovação de Londrina;
-Gerir o Centro de Inovação – Tecnocentro;
-Estimular a integração e a cooperação entre instituições públicas e privadas;
-Potencializar o desenvolvimento da sociedade londrinense por meio de estímulos, de conhecimento, de desenvolvimento tecnológico, do empreendedorismo, e de negócios inovadores.
O Sebrae também elaborou um Plano de Ação para os próximos dois anos da Governança do Ecossistema de Inovação, cuja missão foi definida como “promover a integração dos atores e fazer a gestão das ações que compõem o Ecossistema de Inovação de Londrina”.
Fotos: Vivian Honorato/N.Com